22 dezembro 2006

DOURO PATRIMÓNIO MUNDIAL- só para inglês ver!

Passaram 5 anos que a região do Douro foi distinguida com o galardão de “património mundial da humanidade". Orgulha-nos tal distinção, embora como duriense, poucos benefícios possa constatar neste magnífico anfiteatro.
Possuidor de potencialidades ímpares, onde se destaca o precioso néctar e os rotativos cenários que a sua paisagem nos oferece ao longo do ano, esta região não tem sido contemplada com apoios suficientes para fazer jus a tão nobre classificação. Não fossem os cruzeiros turísticos promovidos ao longo do rio e o Douro não passaria de um verdadeiro oásis ignorado por todos.
É verdade que a A24 nos veio aproximar de algumas regiões do país, mas ainda é bastante deficitária a ligação ao grande Porto, bem como a ligação da mesma aos concelhos da mais antiga região demarcada. Desta forma, torna-se difícil atrair a esta região grandes investimentos que permitam trazer e fazer permanecer algum tempo entre nós, um elevado número de visitantes e evitar a desertificação de uma região repleta de recursos, mas que permanece na cauda da Europa em termos de desenvolvimento. A falta de apoio e a decadência da actividade agrícola, bem como o envelhecimento da população, têm sido os grandes responsáveis pela perda de 4 habitantes por dia nas duas últimas décadas. Foi maciço o encerramento de escolas. A rede de transportes continua extremamente deficitária. O sistema de saúde continua a evidenciar grandes lacunas, tendo sido afectado recentemente, com o encerramento de uma maternidade e com a desactivação de algumas urgências.
O Douro não pode desperdiçar as suas potencialidades turísticas, nem ficar estático diante do espelho das suas águas contemplando a sua paisagem.
Os durienses não se conformam com menções honrosas que em nada contribuem para a melhoria da sua qualidade de vida, mas exigem que sejam criadas condições para o seu desenvolvimento.
Ao Douro, não bastará a beleza, mas terá de mostrar personalidade e carácter.

12 dezembro 2006

Caros Amigos

Habituado a manifestar a minha opinião sobre os mais variados assuntos através de um jornal regional, "Notícias da Beira Douro", vi-me confrontado com a mão pesada da falecida censura, que encarnando na pessoa do seu director, resolveu perturbar o meu espírito. Pensei que vivendo num estado democrático e numa verdadeira aldeia global, não seriam prováveis tais situações sendo permitidas as mais variadas opiniões, desde que fossem respeitadas as pessoas e as instituições. Porém, assim não entendeu quem não sabe respeitar opiniões divergentes e muito menos dirigir um órgão de comunicação social que se diz pluralista.
Não é minha intenção ridicularizar ninguém, nem sequer publicar o artigo em questão, pois para isso teria certamente outro jornal que me receberia de braços abertos, mas apenas criar um espaço próprio, este sim, totalmente isento e independente, onde poderei manifestar os meus encantos e desencantos.
É lamentável que Tabuaço não disponha de um órgão de comunicação com estas características e que os interesses pessoais se sobreponham aos interesses da comunidade. Uns criticam por criticar, outros aplaudem de pé entusiasticamente.
Penso que os próprios autarcas sentirão a falta de um espelho que reproduza com precisão o seu desempenho. Uns pecam por defeito, outros por excesso.
Nessa matéria, faça-se justiça à Internet, um espaço livre e independente onde todos podem manifestar a sua opinião. Aqui estarei sempre que me pareça oportuno e quando a minha inspiração o pedir. Não pretendo ter algum protagonismo, pois sei as minhas capacidades e limitações, mas apenas transmitir ideias que nem sempre tenho com quem debater. Nunca criticarei por criticar, mas sempre com um espírito construtivo.
Estarei sempre receptivo às mais variadas opiniões sobre os meus artigos, quer sejam favoráveis ou não, desde que respeitem as normas de educação e de civismo. É no debate de ideias que enriquecemos os nossos conhecimentos e a nossa experiência.