27 outubro 2009

AMOR: O Sol do Planeta

Acordei. O Sol espreitava pela janela, parecendo espreguiçar-se face ao ultimato que recebera no passado fim-de-semana, de madrugar mais uma hora. A melancolia da noite, dava lugar a um novo dia cheio de luz e calor graças ao majestoso astro. A natureza sorria para quantos a contemplavam.
É a vida a germinar, florescendo para depois nos brindar com maravilhosos frutos. O Sol é de facto o astro rei que nos aquece, ilumina e nos dá vida. Mas outro astro, pertencente a outras galáxias, tem o misterioso poder de aquecer e iluminar os nossos corações. Apesar de invisível, tem a força de transpor montanhas, atravessar oceanos e sobrevoar continentes.
É sem dúvida, a verdadeira chave da felicidade, podendo fazer-nos felizes mesmo quando as densas nuvens não permitem que os raios solares cheguem até nós.
Sem Amor, a vida seria mais triste do que um dia sem sol.
Este sentimento tão profundo e tão nobre, é a especiaria mais fina e gostosa que dá um tempero especial à nossa vida.
Pena é que muitos não abram o seu coração para dar e receber esse Amor, que mais não é, senão a verdadeira mensagem deixada por Cristo.
Façamos do Amor o sol deste planeta e deixemo-lo brilhar nos nossos corações.

14 outubro 2009

Autárquicas 2009 - "Ribeiro" transborda em Tabuaço

Depois de 20 anos de seca de ideias, projectos e alternativas credíveis por parte da oposição, dominados pelos “Santos” que controlaram o poleiro onde os “Pintos” se recreavam a seu belo prazer, eis que inesperadas chuvas torrenciais vieram engrossar um “Ribeiro” quase seco, coberto por alguns “ramos” e “silvas”, vindo a transbordar no passado dia 11 de Outubro, afogando assim os “pintos” sem que os “Santos” lhes pudessem valer.
Tabuaço foi assim inundado por uma esperança de mudança para alguns, e de desânimo para aqueles que apostavam na continuidade com a consagração dos “santos” no seu último mandato. Mais uma vez, “santos” da casa não fizeram milagres.
O futuro dirá se esta inundação serviu para levar na enxurrada o lixo acumulado ao longo de duas décadas ou se veio destruir a obra feita.
Façamos votos para que o “ribeiro” não ultrapasse as margens da sensatez, da boa convivência democrática e da dignidade
Esperemos que Tabuaço possa de facto mudar, mas para melhor, saindo do anonimato e criando condições para o desenvolvimento do turismo que nos bate à porta.
Oxalá que a exemplo do que acontece com o rio Douro, o nosso “ribeiro” possa ser também um chamariz para fazer deste concelho uma verdadeira região turística.

07 outubro 2009

Eleições em série!

Terminadas as tradicionais romarias, tão apreciadas pelos portugueses, o país continua em festa com um colorido pouco vulgar de bandeirinhas, cartazes e outros adereços, acompanhado pela estridente sinfonia das caravanas e culminando com os mais ou menos inflamados discursos dos comícios partidários.
Portugal, queima assim alegremente, as hipotecadas economias que tanta falta fazem a alguns sectores da vida económico-social, em lavagem de roupa suja e polémicas desnecessárias que apenas servem para descredibilizar ainda mais a classe política e confundir os portugueses. Por alguma razão, a abstenção continua a ser o “partido” mais votado, manifestando uma verdadeira desilusão em relação à democracia portuguesa.
Como se não bastassem 15 dias de romaria pelas nossas vilas e cidades, decidiu o chefe supremo da Nação que a mesma se estendesse também às nossas aldeias, não fossem estas sentir-se descriminadas. Será caso para dizer: se 15 dias de campanha incomodam muita gente, 30 dias incomodam muito mais.
Apesar de alguns inconvenientes na realização simultânea dos dois actos eleitorais, parece-me que seria uma decisão mais acertada, não só para evitar um maior despesismo em tempo de crise, mas também para evitar uma cada vez maior aversão às campanhas e actos eleitorais. Os cidadãos estão na sua maioria cansados de votar, na medida em que têm sido defraudados nos seus anseios e enganados nas promessas que lhes têm sido feitas.
Penso que com esta decisão, o Presidente da República não foi totalmente isento, tendo dado uma ajudinha ao partido mais votado “a abstenção”. Desta vez os resultados não serão mais dramáticos porque esta eleição é a que diz respeito mais directamente aos portugueses porque estão em causa os destinos das suas terras e porque os candidatos estão mais próximos dos eleitoresSerá necessário defender com mais garra e determinação, o que tanto nos custou a conquistar, para que no futuro possamos continuar a escolher livremente quem queremos à frente dos destinos da Nação.

02 setembro 2009

Fim de férias!

Com grande pena de alguns, terminou o período destinado ao lazer e ao retemperar de forças para mais um ano de trabalho. Alguns, menos bafejados pela sorte lamentam-se por não usufruirem desse direito ou pelas condições económicas não o permitirem. É de facto o mês mais curto do ano, ou melhor, o mês em que os ponteiros do relógio andam mais depressa.
Não sendo dos mais priviligiados, tive oportunidade de descansar um pouco e de dar uma fugidinha até à beira mar e poder relaxar estendido na areia ouvindo o sussurrar do imenso mar.
De regresso ao trabalho e à rotina do dia a dia, senti-me na obrigação de marcar presença neste espaço, embora confesse ser cada vez menor a motivação para o fazer, dado ter deixado há algum tempo, de ter comentários ao que escrevo e dessa forma não ter feedback sobre os meus apontamentos e desabafos. Embora o número de visitantes não tenha sofrido grande redução, lamento o facto de os que o visitam não deixarem um comentário, uma crítica ou uma sugestão. Gostamos sempre de saber como é recebido o que escrevemos.
Faço aqui um apelo àqueles que casualmente, ou por rotina visitam o meu blog, para perderem mais alguns minutos e deixarem a sua impressão sobre o que leram. Estou receptivo a críticas, desde que construtivas e a novas ideias sobre os temas que abordo. Ficará mais rico este espaço que não pretende ser um monólogo, mas um debate de ideias.
Fico à espera da vossa contribuição que desde já agradeço.

27 junho 2009

Cego ou Invisual?

Embora estejamos perante dois sinónimos é um pouco diferente o impacto social de cada uma das palavras, dada a época e o conceito de cegueira a que os mesmos estão associados.
Durante vários séculos, a cegueira foi vista como uma incapacidade extremamente limitativa, que via no cego um pesado fardo para a sociedade e à qual estava associada a ignorância e a total invalidez. Hoje felizmente, graças a novos métodos e novas tecnologias, esta deficiência tornou-se muito menos limitativa dando aos seus portadores a possibilidade de exercer as mais variadas funções e tarefas. Este avanço, nem sempre acompanhado pela mentalidade de alguns, veio a justificar uma nova denominação para aqueles que não têm a faculdade de ver com os olhos.
Apesar de mal escolhido o termo invisual, para definir quem não vê, pois o significado do mesmo é, o que não é visto, este deixou de estar associado ao passado e à carga negativa associada à palavra cego.
Não é menos verdade que algumas pessoas põem em prática o verdadeiro significado etimológico da palavra invisual, na medida em que muitas vezes passam por eles como se tratassem de seres invisíveis.Seja como for, parece-me positiva uma nova denominação que melhor se identifique com os cegos dos nossos dias, muito mais autónomos, mais cultos e mais integrados no meio social.

10 junho 2009

Quem acredita na Europa?

Como já era previsível, os portugueses e a generalidade dos nossos parceiros europeus, mostraram-se bastante indiferentes em relação às recentes eleições europeias, verificando-se a maior abstenção de sempre em actos eleitorais realizados no nosso país.
Vários factores contribuíram para estes preocupantes resultados. A crescente falta de credibilidade da classe política, o distanciamento, cada vez maior entre eleitos e eleitores, afastando-nos das instituições que nos regem, a falta de um verdadeiro debate sobre a importância do Parlamento Europeu e o que se pretende da união europeia e quais as vantagens para os cidadãos, foram sem dúvida algumas das causas deste fracasso eleitoral.
Embora situados geograficamente no continente europeu, os portugueses continuam muito distantes do velho continente, não sentindo no geral, as vantagens dessa adesão continuando a pagar mais caros alguns dos bens essenciais e a usufruir dos mais baixos salários europeus.
Por outro lado, verificamos que esta campanha pouco se preocupou em esclarecer os portugueses para esta matéria, funcionando mais como um aquecimento para as legislativas.
Não poderão os políticos queixarem-se destes resultados, pois a responsabilidade é exclusivamente sua. Estamos fartos de falsas retóricas e carentes de mais acção política que nos possa tirar da cauda da Europa.

21 maio 2009

QUE DEMOCRACIA - 35 anos depois

Atingida já há alguns anos a idade adulta, a nossa democracia revela com frequência, alguma imaturidade, para não dizer mesmo, alguns tiques de infantilidade.
Criada órfã de pai ou mãe, dado desconhecermos o papel desempenhado pelo único progenitor, o MFA, faltou-lhe por vezes o pulso e firmeza evidenciados normalmente pela parte paternal, bem como a sensibilidade e o sexto sentido, próprios de quem tem o privilégio de dar à luz.
Para além destas carências, normalmente habituais em descendentes de famílias monoparentais, ela teve de conviver com vários padrastos, que nem sempre souberam transmitir os verdadeiros valores da solidariedade e justiça social.
Embora decididas nas urnas, penso que as maiorias absolutas nunca são boas conselheiras dos regimes democráticos, dado o abuso de poder a que geralmente são tentadas
É evidente que, perante tantos condicionalismos, seria impensável que a nossa democracia, funcionasse na sua plenitude.
Avizinham-se para breve 3 actos eleitorais, orçados em mais de 150 milhões de euros, no entanto, os invisuais continuam a não poder exercer o seu direito de voto em pé de igualdade com os outros cidadãos, estando dependentes de outros, não tendo o direito ao sigilo do seu voto, nem a garantia absoluta de que votou no partido que escolhera.
O processo, para evitar uma descriminação a um dos principais direitos e deveres consagrados na nossa constituição, nem sequer seria muito complexo ou dispendioso. Bastaria dispor em cada assembleia de voto, de um molde do tamanho do boletim de voto, transcrito em Braille e com janelinhas sobrepostas às quadrículas destinadas à cruzinha respeitante ao voto. Poderia dar imensos exemplos em que os cidadãos não têm o mesmo tratamento e igualdade de oportunidades, demonstrando as imensas limitações do nosso regime democrático. Porém, deixo aqui apenas mais um alerta para que os portadores de deficiência visual possam vir a exercer o seu direito de voto de uma forma mais autónoma, segura e mantendo o secretismo que o voto merece.

13 maio 2009

Rumo ao Penta!

Apesar de já estarmos habituados à hegemonia azul e branca nas últimas décadas, não podia, como dragão congénito assumido, deixar passar em claro mais um título de campeão nacional, o tetra, conseguido pela segunda vez.
Estão de parabéns os nossos atletas, os nossos técnicos e os nossos dirigentes.
A máquina há muito está montada, sendo constantemente lubrificada e renovada por uma vasta equipa, chefiada pelo controverso e carismático presidente Pinto da Costa. Sem a sua experiência e astúcia, não seria possível conseguir um palmarés que inveja qualquer equipa do mundo.
Mais uma vez os meus parabéns para quantos contribuíram para mais uma alegria da família portista.
Unidos, vamos atacar o penta.

01 maio 2009

Dia da Mãe - 3 de Maio

Quem não tem o Amor de Mãe
Obriga-se a ser refém
De atingir a felicidade.
É o Amor mais verdadeiro
E o melhor conselheiro,
Que encerra toda a verdade.

Não existe outra riqueza,
Que possuir a Princesa,
Que nos deixou germinar.
Sempre meiga e carinhosa,
A Fada mais valiosa,
Pronta a sofrer e a amar.

Ficaremos devedores,
Mesmo com muitos louvores,
Que possamos dirigir.
Não podemos esquecer
Que lhe devemos o ser,
Mesmo tendo de partir.

Não te podendo abraçar
Quero aqui manifestar,
Toda a minha gratidão.
Julgo que sempre cumpri,
Mas se um dia te ofendi,
Fica aqui o meu perdão.

08 março 2009

MULHER - Dia Internacional da Mulher

Misto de encanto, mistério e ternura,
Instável, sentimental,
Ora se envolve em grande pranto,
Ora se transforma em doçura
De uma forma sensual.

Difícil de entender e descrever,
Sem garantia, nem livro de instruções,
Nunca deixou de manter
A apaixonante magia
De arrasar os corações.

A flor mais perfumada
Que se encontra nos caminhos,
Também a mais desejada,
Por vezes, algo enfadada,
Tantos são os seus espinhos.

Dotada do melhor e do pior,
Distingue-se na maternidade,
Missão sublime e muito nobre,
Da mais rica à mais pobre,
Transparece a felicidade.

Vou a todas felicitar,
Não deixando esquecida,
Quem me quis proporcionar,
Através do verbo amar,
O misterioso dom da vida.

29 janeiro 2009

"Crise" para quem?

“Crise", passou a ser a palavra dominante do nosso dia-a-dia. A comunicação social não fala de outra coisa, mas os portugueses já estão habituados a lidar com ela ao longo da sua vida, pois já se arrasta desde o berço da nossa nacionalidade.
Com pouco mais de meio século de existência, nunca ouvi dizer que as coisas estão boas, ou pelo menos no bom caminho. Todos os anos são pedidos sacrifícios a alguns portugueses, no sentido de de nos podermos aproximar dos nossos parceiros europeus. Porém, como esses sacrifícios apenas são exigidos aos mais fracos e desfavorecidos, cada vez é maior o fosso que nos separa da Europa, bem como entre ricos e pobres.
Quando começarão a ser penalizadas as grandes riquezas, os chorudos ordenados e as abastadas reformas?
Quando passarão os nossos governantes a dar o exemplo, do apertar do cinto.
Quando passarão os ricos a pagar a crise?
Vivemos essencialmente uma verdadeira crise de valores e de liderança. Vivemos uma crise de justiça social e de solidariedade. Vivemos uma crise de governação e oposição, que aumentam as assimetrias, pondo em causa a verdadeira democracia dado o abuso de poder que as maiorias lhe conferem.
Não será possível sair da crise se cada um olhar apenas pelos seus interesses e não dermos as mãos lutando pelo bem da comunidade, principalmente pelos mais carenciados.

21 janeiro 2009

Todos diferentes todos (des)iguais

Criado segundo a Bíblia, à imagem e semelhança de Deus, o homem tem vindo, nos últimos tempos a acentuar a diferença entre si e o seu semelhante.
A ânsia do poder e a ambição, por vezes ganância, por tudo que é material têm subjugado os grandes valores humanos, dando lugar a uma sociedade de classes onde cada vez são mais visíveis as desigualdades.
Todos os dias assistimos a discriminações: as minorias raramente são respeitadas; os mais fracos são constantemente humilhados e desprezados; os que lutam por um verdadeiro ideal dificilmente são compreendidos e aceites como tal; logo ao nascer, o ser humano é discriminado em função das características e valores hereditários, bem como do estatuto sócio-económico dos seus progenitores.
Vivemos permanentemente em competição com os mais fortes e mais poderosos à procura de conquistar um lugar no pódio, cometendo os mais variados atropelos, distanciando-se assim, cada vez mais, daqueles a que não foram dados os mesmos talentos e as mesmas oportunidades.
Nesta sociedade materialista, e cada vez mais individualista, o homem refugia-se no seu castelo de cristal, alicerçado no egoísmo e na falta de solidariedade, esquecendo-se que a seu lado vive alguém que necessita de uma palavra amiga, de um gesto de carinho, ou até mesmo de uma ajuda material.
Seria utópico sonhar com uma sociedade sem classes onde todos fossem iguais. Terá de haver sempre ricos e pobres, patrões e empregados, doentes e escorreitos, mas não devemos aceitar que o homem se distinga e se promova pela cor dos seus olhos, ou pela gravata que usa, mas sim pelo seu carácter, pela sua personalidade e essencialmente pelo seu querer.
Ao contrário do que muitos possam pensar, seria perfeitamente possível alterar este estado de coisas se o homem quisesse. Esta tarefa depende exclusivamente de cada um de nós. Para tal, bastaria que olhássemos um pouco mais para o nosso semelhante, colocando à disposição dos mais desvavorecidos o melhor que tivermos para dar. Com este simples gesto saído do nosso coração, seria possível transformar o mundo num verdadeiro oásis onde todos se sentiriam felizes.

09 janeiro 2009

Ano Novo - vida nova

Terminada mais uma prova deste circuito sinuoso, composto por 365 curvas, distribuídas por 12 classificativas, iniciamos nova prova que se prevê bastante difícil, dado o denso nevoeiro e o piso escorregadio que se alastra ao longo do percurso.
Embora prevenidos para possíveis intempéries, todos os cuidados serão poucos para evitar alguns despistes.
Desta vez, teremos 3 neutralizações ao longo do percurso que serão as eleições que nos esperam, que poderão condicionar a aproximação à meta.
Sejamos positivos e confiemos na capacidade de improviso e na perícia dos portugueses, para contornarmos as dificuldades que certamente nos vão surgir.
Quero neste breve apontamento, pedir a todos as maiores cautelas e desejar-vos uma prova o mais agradável possível, sem percalços, de forma a que todos possam chegar à meta com um saldo verdadeiramente positivo.
FELIZ 2009