17 junho 2011

Santos Populares

Santo António é o primeiro, Famoso casamenteiro,
Saudado na capital.
Lembrado noutras cidades,
Com grandes festividades,
Não ser ele de Portugal!

São João o mais gaiteiro,
Optou por ser tripeiro,
Com sede nas Fontainhas.
Festejado em todo o norte,
Onde a tradição mais forte,
É a broa e as sardinhas.

São Pedro vem a fechar,
Estes dias de reinar,
Dias de grande folia.
Foram muitas as noitadas,
Bailes e sardinhadas,
Dias de grande alegria.

Não faltaram procissões,
Entre muitas devoções,
A quem mereceu os altares.
Houve marchas e balões,
Concertos, muitas canções,
São os Santos populares.

Este imenso colorido,
Põe o povo divertido,
Afugentando a tristeza.
Alivia as depressões,
Esquecemos os “tostões”,
Dá-nos nova fortaleza.

Mais um ano há-de vir,
Tudo se irá repetir,
Talvez com maior fulgor.
Haverá animação,
Mesmo que esta Nação,
Não pareça estar melhor!

09 junho 2011

“Portas entreabertas a Coelho”

Decidida nas urnas uma maioria centro-direita, cabe aos seus líderes um entendimento para um governo conjunto; PSD CDS.
Portas apesar de ter eleito mais 3 deputados, ficou um pouco aquém das expectativas em função do voto útil a favor de Passos Coelho. A vontade férrea de afastar Sócrates, levou muitos admiradores do líder do CDS a votar nos sociais-democratas.
Paulinho das feiras, consciente dessa vontade de parte do eleitorado e sabedor da importância do seu partido para a formação da nova equipa governamental, vai certamente exigir uma maior representatividade no próximo governo do que mostra a simples frieza dos números. Não vai ser fácil Coelho abrir as “portas” de par em par para conseguir um acordo que lhe seja favorável. Terá de evitar alguns “passos” para que o país não seja vítima de um impasse que a situação económica não permite.
Teremos oportunidade de verificar qual o mais patriótico que vai pôr os interesses da Nação acima dos interesses do seu partido.
Não é altura para os seus dirigentes perderem tempo com pequenos trocos ou simples quezílias partidárias.
É tempo dos nossos políticos procurarem recuperar a falta de credibilidade e mostrarem aos portugueses que se candidataram para ajudar o país a sair da crise em que se encontra e não por outros interesses de ordem pessoal ou partidário.

07 junho 2011

PSD de Tabuaço indiferente à vitória de Coelho

Depois de uma vitória bem expressiva dos sociais-democratas e do consequente óbito político do eng. Sócrates, virou-se uma nova página na história da nossa democracia, criando-se condições para a formação de um governo maioritário de centro-direita chefiado por Passos Coelho.
Perante tais resultados, esperava que os seus aliados bem como os inimigos de Sócrates se manifestassem ruidosamente pelas ruas desta vila a exemplo do que tem acontecido após outros actos eleitorais e noutras localidades. Fiquei por isso surpreendido quando ao longo da noite apenas ouvi uma buzina algo envergonhada por não ter adesão ao seu apelo.
Será que o PSD apenas se manifesta perante as vitórias caseiras, sem dúvida as mais apetecidas e lucrativas, ou os seus apoiantes são alérgicos ao pelo do “coelho”? Não quero pensar que não o fizeram em virtude da autarquia ser de outra cor e por isso não queiram assumir a sua opção partidária!
Estou certo que o mesmo não aconteceria se voltasse a ganhar o partido socialista.
Apesar de ser muito importante o governo do nosso concelho, é muito mais relevante o destino da Nação. Não foi nada patriótica e solidária para com o seu líder a indiferença dos sociais-democratas deste concelho, face à indiferença perante a grande vitória do seu partido, numa das mais importantes eleições legislativas após a revolução dos cravos.

05 junho 2011

Coelho mais veloz com Portas abertas a uma coligação

Mais uma vez, o povo português mostrou grande maturidade política, ao decidir nas urnas o futuro da governação do nosso país.
Conscientes dos erros do passado, os eleitores resolveram penalizar o desgoverno de Sócrates e dar nova oportunidade ao centro-direita, procurando mais estabilidade para a resolução dos graves problemas da Nação.
Coelho, apesar de alguns ziguezagues no início da campanha, conseguiu com a sua velocidade superar a “matreira raposa” que se distraiu um pouco obcecada com o PEC4.
Abriram-se assim as “portas para a formação de um governo maioritário, PSD-CDS que poderá ser uma nova esperança para dar um novo rumo a um país afogado no abismo.
Resta-nos que os dois partidos se entendam e formem uma equipa coesa e competente, onde os interesses nacionais superem os interesses pessoais e partidários.

01 junho 2011

Os cegos também vêem

Se é verdade que é através da visão que temos a faculdade de percepcionar os objectos e tudo que nos rodeia, não é menos verdade que pudemos ter alguma percepção dos mesmos através dos restantes sentidos. Isto equivale a dizer que não vemos apenas com os olhos como aliás pensa a generalidade das pessoas. Os cegos, privados desse importante sentido, são obrigados a desenvolver os restantes de modo a tirar o maior partido deles. Deste modo, conseguem “ver” o que muitas vezes escapa aos normovisuais.
Assim, através da fala, dos passos, ou até mesmo pelo perfume, eles vêem quem se aproxima. Pelo tacto conseguem identificar e distinguir os objectos. Conseguem distinguir as suas peças de vestuário embora não saibam a sua cor.
Costumo dizer em ar de graça, que os cegos vêem mais do que as outras pessoas, na medida em que conseguem ver tanto de dia como de noite, enquanto os normovisuais ficam totalmente perdidos e desorientados quando não têm luz.
Para aqueles que ao longo da vida perderam a faculdade de ver, mas que já tiveram um contacto directo com o ambiente que nos rodeia, é mais fácil percepcionar as coisas, dada a sua memória visual que lhe permite visualizar com mais rigor o que lhes é mostrado ou descrito.
Para os cegos congénitos, as coisas são um pouco diferentes, pois as imagens que visualizam são as que foram criando ao longo dos anos através do contacto com os objectos e da descrição que lhes tenha sido feita pelas pessoas que vêem.
Para além desta visão, poderíamos falar de outra, que tem a ver com a maior facilidade que normalmente os cegos têm em conhecer alguns aspectos da personalidade dos seus interlocutores, na medida em que a sua atenção não se perde na observação das suas fisionomias, mas concentra-se exclusivamente no diálogo que trava com os outros.