27 julho 2011

Uma vida a dois

Há mais de uma década, tive a pretensão de escrever um livro com este título, baseado na minha experiência de vida e em alguns textos que li sobre a matéria. Com grande pena minha, a ideia não passou de um reduzido rascunho de folhas soltas, dado o meu poder de síntese e a dificuldade em desenvolver um tema. Resta a esperança de mais tarde, caso chegue à idade da minha reforma com a lucidez para o fazer, conseguir abordar tão complexo assunto.
Cada vez é mais difícil tratar esta matéria, dadas as mutações sociais verificadas nos últimos anos na nossa sociedade. No entanto, nunca foi tão necessário falar dela e procurar encontrar soluções para uma sã convivência dos casais.
Não pretendo apresentar soluções milagrosas, pois também falharam no meu caso concreto, mas apenas expressar o que me parece primordial sobre a mesma.
Uma vida a dois, implica partilha, tolerância e cedências de ambas as partes. Implica bom senso, confiança e muito diálogo. Cada ser humano tem a sua personalidade e o seu carácter. Cada um tem os seus gostos, os seus hábitos e a sua forma de estar na vida. Cada um tem os seus defeitos e as suas qualidades. Por isso tem de haver um esforço mútuo no sentido de se ajustarem um ao outro para que haja harmonia e bem-estar. Uma vida a dois, faz sentido quando cada um representa uma mais valia para o outro. As vicissitudes da vida, o stress do quotidiano e a desvalorização dos grandes valores humanos, têm contribuído para que cada vez seja mais difícil conseguir um entendimento entre as pessoas que diariamente têm de conviver debaixo do mesmo tecto.
O homem é um animal social que tem de saber viver em sociedade não podendo impor sempre a sua vontade e os seus caprichos. Temos de respeitar a liberdade dos outros e deixar imperar o bom senso.
O Amor terá de ser a chave mestra de uma relação a dois, mas obedecendo sempre aos princípios de uma sã convivência atrás mencionados, tendo como grandes pilares o diálogo e a mútua confiança.
Haveria muito mais a dizer sobre o assunto, mas este espaço não o permite.
Espero ter ajudado a reflectir sobre o que implica uma vida a dois, embora tenha consciência que não descobri nada de novo, mas muitas vezes esquecemo-nos de pôr em prática.

01 julho 2011

Tabuaço - Festas do concelho

Apesar da crise, o S. João não foi esquecido no concelho de Tabuaço, tendo sido festejado com um entusiasmo contido, mas com uma grande participação popular.
Foi com bastante agrado que assistimos à participação da maioria das freguesias, quer nas marchas populares, quer na procissão, quer no festival de karaoke. É de aplaudir a iniciativa da Câmara Municipal e a colaboração das Juntas de Freguesia que na sua generalidade, estiveram presentes procurando fazer o seu melhor. Estas são de facto as verdadeiras Festas do Concelho e não apenas da vila de Tabuaço, como acontecia anteriormente. O S. João não se identifica com escolas de samba e outras manifestações de puro folclore, mas sim com a vivência e alegria das nossas gentes.
Estou convicto de que no futuro, o bairrismo de todos, irá melhorar ainda mais os vários desfiles numa verdadeira demonstração da imaginação e capacidades dos seus habitantes.
Também é de salientar a hora a que saíram as marchas cumprindo quase com total rigor o horário anunciado.
Dada a pequenez da nossa vila, parece-me vantajosa a concentração de todos os festejos, bem como espaços de lazer, na Avenida principal, onde nunca faltaram momentos de animação mesmo enquanto as pessoas se deliciavam com a tradicional sardinha assada, ou outros petiscos da região.
Depois de 2010 ter sido o ano de transição e adopção deste novo figurino, 2011 foi de facto o ano da consolidação do mesmo, com maior rigor e maior participação.
Estão de parabéns quantos contribuíram para a valorização das nossas festas. Com a colaboração de todos, podemos ainda fazer melhor projectando assim o nosso concelho trazendo até nós mais visitantes.