25 novembro 2011

Mais uma greve "geral"!

Nunca a função pública foi tão sacrificada como nos últimos tempos, estando anunciadas novas medidas de austeridade para 2012. Todos temos razões de sobra para nos sentirmos lesados e até mesmo indignados por serem sempre os servidores do Estado os mais atingidos com as crises financeiras.
A greve é um direito consagrado na Constituição Portuguesa, devendo ser usado como último recurso para reivindicar os nossos direitos.
Vivemos uma situação económico financeira extremamente grave que nos permite receber o vencimento todos os meses, graças ao acordo assinado pelos principais partidos com a troika. Acordo esse que nos obriga a cumprir objectivos, que a não serem alcançados levariam ao total colapso das nossas finanças.
Face a este dramático cenário, não será provável o Governo ceder a tão justas reivindicações, pelo que será uma luta inglória com os consequentes prejuízos na nossa já débil economia e o inevitável corte salarial dos que aderiram à mesma.
Não é por isso, na minha perspectiva, a melhor altura para uma greve geral, não por falta de razões para nos manifestarmos e protestarmos, mas porque esse protesto não trará nada de benéfico para os trabalhadores portugueses.
É impossível saber com exactidão qual a adesão pois não serão credíveis os números apresentados quer pelo Governo, quer pelos sindicatos. Foi notória uma significativa participação nas grandes cidades, nomeadamente Lisboa e Porto, muito graças ao sector dos transportes.
O país está gravemente doente, arriscando-se a morrer da cura, devido à violência dos tratamentos que poderão levar à sua asfixia.
Resta a União Europeia encontrar o remédio adequado para salvar uma “família” onde os sinais de contágio são por demais evidentes.

12 novembro 2011

Menos feriados e dias santos!

Na sequência das medidas de austeridade anunciadas para 2012, está previsto um acréscimo de mais dias de trabalho, face à redução de alguns feriados e dias santos.
Não tendo conhecimento da divulgação das datas escolhidas, que terão de passar por um acordo entre o Governo e a Igreja Católica, vou dar a minha opinião sobre os dias que me parecem mais aconselháveis para essa despromoção.
Em matéria de feriados, suprimiria o 5 de Outubro e o 1º de Dezembro pelo fraco significado que têm para os portugueses, não sabendo a maioria deles, o que se está a celebrar. Se a instauração da república já ocorreu há mais de um século e pouco nos diz, a restauração já foi há muito mais e talvez muitos, desejassem que nunca tivesse ocorrido.
No que diz respeito aos dias santos, a extinção do Dia do Corpo de Deus, seria o mais rentável em termos laborais, pois nunca ocorre nos fins-de-semana. A outra data escolhida, seria o 15 de Agosto, não em desconsideração à assunção da virgem Maria, mas apenas porque acontece em época de férias para a maioria dos portugueses e assim, não seria sentida muito a ausência do feriado.
Penso que, para além do 10 de Junho, dia de Camões e mais recentemente também de Portugal e das comunidades, não haveria muito por onde escolher, dado os restantes feriados, se tratarem de datas com grande significado para o nosso país.
Não é minha intenção aconselhar o Governo sobre esta matéria, pois os dias a suprimir do calendário, como dias de descanso, já estarão definidos, mas apenas deixar o meu ponto de vista sobre o assunto.

08 novembro 2011

"Troika intervém no futebol português"

Face às crises constantes verificadas no nosso futebol, houve necessidade de recorrer ao FMI “Futebol mais internacional” a fim de reorganizar o desporto rei no nosso país.
Passadas a pente fino todas as estruturas e agentes desportivos, foram tomadas várias medidas de austeridade enquanto nos era concedido um empréstimo de 86 mil milhões de euros para revitalizar os estádios abandonados após o Euro 2004.
Do memorando fazem parte, entre outras, as seguintes medidas:

1ºUniformizar o vencimento de todos os jogadores profissionais para o salário mínimo.

2º Multa de 5 mil euros a todos os árbitros que não compareçam aos jogos para que foram nomeados.

3º Multa de 50 mil euros a todos os presidentes e treinadores que façam comentários sobre as arbitragens.

4º Prisão perpétua para os jogadores que se recusem a jogar pela selecção.

5º Descontos especiais a quem promover eventos nos referidos estádios; tais como: Casamentos, concertos, despedidas de solteiro, velórios etc.

6º Penalizações para as equipas que contratem jogadores portugueses.

7º Obrigatoriedade de promover jogos entre solteiros e casados nos estádios menos utilizados.

8º Integração da equipa do F.C. Porto na liga espanhola para possibilitar o Benfica a ser campeão nacional

9º Multas pesadas em caso de apagões e troca de mimos nos túneis de acesso aos balneários.

10º Fusão da F.P.F. e da Liga de Clubes num só organismo a fim de evitar maiores despesismos.

Espera-se que estas medidas venham a reestruturar e dinamizar o nosso futebol e rentabilizar os nossos estádios pouco utilizados.

05 novembro 2011

Tabuaço - "cata-ventos" poderão reforçar energias renováveis?

Todos conhecem os tradicionais cata-ventos, normalmente colocados nos pontos mais altos das localidades como torres e campanários, para nos indicarem a direção do vento. Mais recentemente este termo começou a ser utilizado com um sentido pejorativo, referindo-se aos cidadãos que mudam de camisola consoante os ventos políticos. Sendo frequentes as rajadas a nível partidário, com a deslocação do vento da direita para a esquerda, ou da esquerda para a direita conforme sopram localmente, ou a nível nacional, muitos têm sido os cata-ventos espalhados por este concelho.
Surgiram nos últimos meses nesta região, as torres eólicas como aproveitamento de energia renovável. Será que esta ventania provocada pelos oportunistas da política, poderá também transformar-se em energia renovável capaz de unir vontades e esforços para catapultar este concelho para um lugar de destaque, onde os seus habitantes se sintam bem e possam receber com simpatia os turistas que já nos visitam e que esperamos venham a ser em maior número?
Se assim for, que proliferem os cata-ventos não só em Tabuaço, mas também por todo o país incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.