Todos os anos escrevo sobre este
tema, neste dia 8 de Março. Apesar de ser um assunto inesgotável, parece-me despropositado
fazê-lo neste dia, pois penso já não se justificar a existência do dia
internacional da mulher, tal como sempre aconteceu com o homem.
Criaram-se os dias internacionais
para chamar a atenção para realidades por vezes descriminadas ou simplesmente
ignoradas. Foi assim com a mulher quando esta era vista e tratada como o sexo
fraco. Felizmente, hoje a realidade é substancialmente diferente, estando ao
mesmo nível do homem dispondo dos mesmos direitos, das mesmas oportunidades e dos
mesmos deveres.
Ao celebrarmos o seu dia
internacional, estamos a usar de descriminação positiva, colocando a mulher num
patamar de inferioridade que não corresponde à posição de destaque que hoje ocupa
na sociedade.
Com exceção feita à super
conservadora e tradicional Igreja Católica e a escassos setores profissionais,
encontramos elementos do sexo feminino nas mais variadas profissões, muitas
vezes em lugares de chefia.
Será normal continuar a haver
menor representatividade feminina em algumas áreas, em virtude da mulher não estar
tão vocacionada para elas, o que aliás, também acontece com o homem.
Homem e mulher nunca serão
iguais, o que perderia todo o encanto da vida, mas sim o complemento um do
outro. Ambos são diferentes na sua fisionomia, na sua sensibilidade e nos seus
interesses. Terão de se respeitar um ao outro como pessoas íntegras num plano
de igualdade.