Senhor ” engenheiro”, preferia enviar-lhe uma carta fechada, mas como provavelmente não seria aberta, ou se o fosse seria de imediato arquivada, optei por a enviar aberta para lhe evitar trabalho, dado andar demasiado ocupado com o desgoverno deste país.
Não posso de forma alguma estar satisfeito com a sua acção governativa, apesar de ter tido a coragem de encetar reformas há muito necessárias e que ninguém tivera a coragem de iniciar. Admiro por isso a sua firmeza e determinação enfrentando praticamente todas as classes sociais. Será bom recordar que muito contribuiu para essa decisão, o facto de ter governado com maioria absoluta, um dos principais inimigos da democracia. Vivemos assim 4 anos de semi-ditadura em que o seu governo punha e dispunha sem ter em conta as posições dos restantes partidos parlamentares, também eles, representativos dos portugueses.
Iniciada nova legislatura com a reeleição de V.ª Ex.ª, não resultante dos méritos da sua governação, mas sim da falta de uma oposição forte e organizada, não eram previsíveis grandes alterações apesar de muitos eleitores já não se deixarem levar ao engano pelas suas aveludadas mentiras. Surgiram então as desculpas da crise internacional, que vieram ofuscar e atenuar as políticas despesistas do anterior governo. O país afundou-se assim numa crise económica há muito existente, atenuada artificialmente em épocas eleitorais. É exemplo disso o que se passou no ano de 2009, em que poucos sentiram a recessão e em que os funcionários públicos puderam beneficiar do maior aumento desde o século passado. Será isto governar com honestidade e competência?
Senhor “engenheiro”, lamento que sempre que se vê com as calças na mão, recorra sempre aos funcionários do Estado como únicos salva-vidas do país. Serão estes os responsáveis pelos péssimos investimentos que o governo faz? Serão eles responsáveis pelas nomeações em série de assessores, chefes de gabinete e directores gerais e pelo elevado despesismo verificado na administração central? Serão eles responsáveis pelos vencimentos e reformas exorbitantes da maioria dos administradores das empresas públicas e demais cargos de Estado? Porque terão de ser sempre os mais pobres a pagar a crise quando verificamos no nosso país um crescente número de fortunas?
Seria bom que V.ª Ex.ª fosse o primeiro a dar o exemplo do apertar do cinto a que todos os anos estamos habituados. Prometeu não subir impostos, mas seria bem melhor que o fizesse para as classes mais favorecidas. Porque não aumenta o IVA para produtos de luxo e bens considerados supérfluos? Porque não são tributadas as chorudas fortunas conseguidas na bolsa? Porque não existem benefícios fiscais para quem tem necessidade de recorrer a profissionais liberais, evitando assim que os mesmos fugissem ao fisco? Porque não se congelam apenas os aumentos dos vencimentos dos contribuintes com vencimentos superiores a mil euros, a exemplo do que já foi feito no passado?
Desculpe senhor Primeiro Ministro, mas não me parece pertencer a um partido que se intitula de socialista. Onde estão as medidas sociais para combater a pobreza e diminuir o fosso cada vez maior entre pobres e ricos?
Os portugueses sempre tiveram um complexo de superioridade vivendo normalmente acima das suas possibilidades e o senhor “engenheiro” não foge à regra, porém o país não pode ser desgovernado por quem não tem a noção da nossa pequenez e pretende transmitir uma ideia errada aos nossos parceiros. Conseguimos estar no topo em quase tudo que é negativo, mas no nível de vida, somos cada vez mais últimos.
Senhor Primeiro Ministro, faça um exame de consciência, se é que ainda a tem, e verifique qual é na realidade a sua vocação. Não engane mais os portugueses nem os faça suspirar por uma nova ditadura nem pela perda da nossa independência. Devolva a todos a esperança de melhores dias para o nosso país, principalmente para os mais desfavorecidos.
Não posso de forma alguma estar satisfeito com a sua acção governativa, apesar de ter tido a coragem de encetar reformas há muito necessárias e que ninguém tivera a coragem de iniciar. Admiro por isso a sua firmeza e determinação enfrentando praticamente todas as classes sociais. Será bom recordar que muito contribuiu para essa decisão, o facto de ter governado com maioria absoluta, um dos principais inimigos da democracia. Vivemos assim 4 anos de semi-ditadura em que o seu governo punha e dispunha sem ter em conta as posições dos restantes partidos parlamentares, também eles, representativos dos portugueses.
Iniciada nova legislatura com a reeleição de V.ª Ex.ª, não resultante dos méritos da sua governação, mas sim da falta de uma oposição forte e organizada, não eram previsíveis grandes alterações apesar de muitos eleitores já não se deixarem levar ao engano pelas suas aveludadas mentiras. Surgiram então as desculpas da crise internacional, que vieram ofuscar e atenuar as políticas despesistas do anterior governo. O país afundou-se assim numa crise económica há muito existente, atenuada artificialmente em épocas eleitorais. É exemplo disso o que se passou no ano de 2009, em que poucos sentiram a recessão e em que os funcionários públicos puderam beneficiar do maior aumento desde o século passado. Será isto governar com honestidade e competência?
Senhor “engenheiro”, lamento que sempre que se vê com as calças na mão, recorra sempre aos funcionários do Estado como únicos salva-vidas do país. Serão estes os responsáveis pelos péssimos investimentos que o governo faz? Serão eles responsáveis pelas nomeações em série de assessores, chefes de gabinete e directores gerais e pelo elevado despesismo verificado na administração central? Serão eles responsáveis pelos vencimentos e reformas exorbitantes da maioria dos administradores das empresas públicas e demais cargos de Estado? Porque terão de ser sempre os mais pobres a pagar a crise quando verificamos no nosso país um crescente número de fortunas?
Seria bom que V.ª Ex.ª fosse o primeiro a dar o exemplo do apertar do cinto a que todos os anos estamos habituados. Prometeu não subir impostos, mas seria bem melhor que o fizesse para as classes mais favorecidas. Porque não aumenta o IVA para produtos de luxo e bens considerados supérfluos? Porque não são tributadas as chorudas fortunas conseguidas na bolsa? Porque não existem benefícios fiscais para quem tem necessidade de recorrer a profissionais liberais, evitando assim que os mesmos fugissem ao fisco? Porque não se congelam apenas os aumentos dos vencimentos dos contribuintes com vencimentos superiores a mil euros, a exemplo do que já foi feito no passado?
Desculpe senhor Primeiro Ministro, mas não me parece pertencer a um partido que se intitula de socialista. Onde estão as medidas sociais para combater a pobreza e diminuir o fosso cada vez maior entre pobres e ricos?
Os portugueses sempre tiveram um complexo de superioridade vivendo normalmente acima das suas possibilidades e o senhor “engenheiro” não foge à regra, porém o país não pode ser desgovernado por quem não tem a noção da nossa pequenez e pretende transmitir uma ideia errada aos nossos parceiros. Conseguimos estar no topo em quase tudo que é negativo, mas no nível de vida, somos cada vez mais últimos.
Senhor Primeiro Ministro, faça um exame de consciência, se é que ainda a tem, e verifique qual é na realidade a sua vocação. Não engane mais os portugueses nem os faça suspirar por uma nova ditadura nem pela perda da nossa independência. Devolva a todos a esperança de melhores dias para o nosso país, principalmente para os mais desfavorecidos.
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