Nunca a função pública foi tão sacrificada como nos últimos tempos, estando anunciadas novas medidas de austeridade para 2012. Todos temos razões de sobra para nos sentirmos lesados e até mesmo indignados por serem sempre os servidores do Estado os mais atingidos com as crises financeiras.
A greve é um direito consagrado na Constituição Portuguesa, devendo ser usado como último recurso para reivindicar os nossos direitos.
Vivemos uma situação económico financeira extremamente grave que nos permite receber o vencimento todos os meses, graças ao acordo assinado pelos principais partidos com a troika. Acordo esse que nos obriga a cumprir objectivos, que a não serem alcançados levariam ao total colapso das nossas finanças.
Face a este dramático cenário, não será provável o Governo ceder a tão justas reivindicações, pelo que será uma luta inglória com os consequentes prejuízos na nossa já débil economia e o inevitável corte salarial dos que aderiram à mesma.
Não é por isso, na minha perspectiva, a melhor altura para uma greve geral, não por falta de razões para nos manifestarmos e protestarmos, mas porque esse protesto não trará nada de benéfico para os trabalhadores portugueses.
É impossível saber com exactidão qual a adesão pois não serão credíveis os números apresentados quer pelo Governo, quer pelos sindicatos. Foi notória uma significativa participação nas grandes cidades, nomeadamente Lisboa e Porto, muito graças ao sector dos transportes.
O país está gravemente doente, arriscando-se a morrer da cura, devido à violência dos tratamentos que poderão levar à sua asfixia.
Resta a União Europeia encontrar o remédio adequado para salvar uma “família” onde os sinais de contágio são por demais evidentes.
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