18 março 2014

Saudoso Pai!

Apesar de decorridas mais de 4 décadas do teu inesperado e súbito desaparecimento, recordo-te com saudade, grato pelos sólidos alicerces que me deixaste. Não te sendo possível terminar a obra que idealizaste e para a qual te preparaste antecipadamente, sendo um verdadeiro pedagogo, deixaste um forte edifício em que apenas tive necessidade de reforçar a cobertura, dadas as fortes intempéries que surgiram ao longo da minha vida.
Hoje orgulho-me do meu passado e do meu presente, graças aos grandes valores humanos que mantenho inalteráveis, mesmo apesar das violentas tempestades ocorridas na nossa sociedade.
Devo-te assim, o meu caráter e personalidade, aliás, muito semelhante ao que foi o teu passado. Eras sensível perante os mais débeis e necessitados e um lutador contra as injustiças. De personalidade forte, antes quebrar que torcer, foste sempre fiel às tuas convicções e valores.
Abandonaste-me involuntariamente, quando era adolescente e mais precisava de ti. Tudo teria sido diferente se permanecesses junto de mim quando precisei de construir o meu futuro. Porém, ficou a semente que viria a germinar e a dar flor e frutos.
Agradeço-te, neste dia a ti dedicado, quanto te devo pelo que sou e pelas batalhas que certamente me ajudaste a vencer.
Obrigado meu Pai!...                   

08 março 2014

Mulher

Que beleza, que paisagem,
As Portas do paraíso,
Por vezes mera miragem,
Apesar do seu sorriso.

Sol do carinho e ternura,
Apaixona corações,
Com a sua formosura,
 Lua de várias paixões.

Instável no seu pensar,
Também na forma de agir,
Tanto está a soluçar,
Como desata a sorrir.

Tem um dote relevante,
Que lhe dá felicidade,
Desde que tenha um amante,
Goza da maternidade.

Sensível nas emoções,
Complexa no seu trato,
Sem ter livro de instruções,
Tudo será mais ingrato.

Instável, mas sensual,
É a melhor companhia,
Para o homem, o ideal,
Quando existe harmonia.

A todas o meu carinho,
A uma, em especial,
Caso siga o meu caminho,
Juntos no mesmo ideal.

04 março 2014

Governo patrocina Carnaval na Função Pública

Mais uma vez, o Governo decidiu não dar tolerância de ponto no dia de Carnaval, talvez porque vivemos esse dia durante todo o ano. No entanto, tem vindo a patrocinar o dia de entrudo no que diz respeito aos servidores do Estado.
Depois da autêntica palhaçada com a obrigatoriedade das 40 Horas semanais, postas em prática apenas por alguns, surge mais uma vez o escândalo do poder local se sobrepor ao poder central, desautorizando a decisão do governo. Assim, apenas 13 autarquias decidiram abrir as portas aos seus munícipes, não dando tolerância aos seus funcionários.
Por outro lado, outros serviços, quer públicos quer privados decidiram também dar descanso ao seu pessoal, tais como CTT, CGD e restantes instituições bancárias, entre outros.
Desta forma, assistimos mais uma vez ao país dividido ao meio, com alguns funcionários a trabalhar e outros a gozar um dia de descanso ou de folia.
Confesso que não sei quem manda neste país, e quando tanto se fala de equidade, sejamos confrontados com estas diferenças de tratamento.
Passos Coelho e a sua equipa perderam uma boa oportunidade de dar um rebuçado aos portugueses, cada vez com mais asia permitindo que o fizessem os presidentes da maioria das autarquias, ao mesmo tempo que lhes deu a possibilidade de o desautorizarem. Assim, o país ficou praticamente parado com apenas alguns enteados a terem de comparecer no local de trabalho, na maioria dos casos, para darem mais despesa ao erário público.
Se o poder local tem autonomia para tomar estas decisões, seria bom que também o tivesse em relação aos encerramentos dos tribunais e demais repartições do Estado.
Caminhamos a passos largos para uma anarquia em que todos mandam e ninguém manda.
Assim vai uma “democracia “que apesar de já ter atingido há muito a maior idade, continua a ter comportamentos verdadeiramente infantis.