Em plena colheita dos dourados
cachos que durante algumas semanas estiveram expostos neste magnífico
anfiteatro que é a região do Douro vinhateiro, o movimento intensifica-se com
as vindimas, não só através dos inúmeros transportes que os conduzem às adegas que
procederão à sua transformação no precioso néctar que irá enriquecer e deliciar
os apreciadores da boa gastronomia, mas também por todos que nos visitam para
assistir ao mais belo e empolgante episódio desta novela que poderia ter por
título “a vinha e o vinho”.
É um trabalho árduo ao longo de
todo o ano, que se inicia pouco depois da sua colheita e do envasilhamento do
adocicado sumo resultante do esmagamento das uvas, mas que termina em grande
alegria por quantos participam ativamente, ou como simples figurantes, nesta
encenação em que se destaca a natureza e o trabalho do homem.
Deste modo, a região duriense
prepara-se para mudar em breve novamente de cenário com as suas longas folhas a
ficarem matizadas dos mais variados tons, dando um colorido e um efeito
indescritível e por todos apreciado.
É o Outono, o derradeiro ato que
encerra esta magnífica peça que se desenrola num dos mais esplendorosos palcos
deste pequeno país, com enormes potencialidades turísticas, nem sempre devidamente
aproveitadas por aqueles que têm responsabilidades no desenvolvimento do país
em geral e desta região em particular.
Sem comentários:
Enviar um comentário