Como candidato ao próximo acto eleitoral, não podia deixar de lhe dirigir algumas palavras.
Algumas serão de desmotivação, outras de encorajamento consoante os defeitos e qualidades que lhe reconheço.
Apesar das más opções que tem tomado e da consequente condução desastrosa à frente da Nação, admiro a sua coragem de mesmo assim ainda ter forças para se sujeitar a novo sufrágio. É sobejamente reconhecida a sua habilidade em mentir aos portugueses com discursos e entrevistas aparentemente convincentes, mas que normalmente não se aplicam na realidade. Será que os eleitores ainda não se aperceberam disso? Diz o nosso povo: na primeira, quem quer cai; na segunda, cai quem quer e na terceira só cai quem é burro.
Tem acusado a oposição, em particular o PSD por terem provocado esta crise política ao não deixarem passar o PEC4. Não terá sido o Sr. Eng. a provocar essa situação, na medida em que não deu cavaco a ninguém, inclusive ao Sr. Presidente da República, do seu conteúdo?
Apesar de todas as desvantagens que implica uma ajuda externa, não compreendo a sua teimosia em só agora recorrer ao que era inevitável e possivelmente com consequências mais gravosas para o futuro. O seu ministro das finanças dizia há alguns meses que teríamos de recorrer ao FMI caso os juros da dívida soberana ultrapassassem os 7%. A verdade é que estamos quase a atingir os 10% e foi preciso os nossos bancos colocarem-lhe a pistola a trás da orelha para tomar essa decisão.
Tenho bastante dificuldade em saber quando está a falar verdade aos portugueses, mesmo apesar do seu ar de grande seriedade.
Esperemos que o povo português saiba escolher os melhores, ou talvez os menos maus, para que o país possa sair da crise em que se encontra e os nossos filhos não tenham o futuro hipotecado.
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