Sou funcionário público e por isso obrigado a trabalhar no dia de carnaval, salvo, o meu Presidente fure a disciplina governamental, como aliás vai acontecer em muitas autarquias do país.
Não estranhei a posição assumida pelo nosso Primeiro-ministro, pois outra coisa não seria de esperar em tempo de crise e de grande austeridade que nos obrigou a despromover 4 feriados, com bastante mais significado.
Condenados com pena suspensa pela troika, não seria bem aceite a nossa displicência em relação à falta ao trabalho num dia que além de não ser feriado, não tem grande tradição no nosso país, com exceção feita a uma mão cheia de Municípios. Nestes casos, parece-me sensata a tolerância dada pelas respetivas Câmaras Municipais.
Não residindo em nenhum desses concelhos, estou à vontade para discordar das inúmeras críticas dirigidas ao Governo por não conceder a habitual tolerância de ponto.
O argumento de grandes investimentos feitos em algumas localidades onde o carnaval tem tradições, não é razão para adiar para o próximo ano a abolição da mesma tolerância, pois poderão comemorar e fazer os habituais desfiles, no domingo gordo, como já acontecia no passado. Além disso, nunca houve a garantia de que o carnaval seria dia de descanso.
Julgo ser exagerada e despropositada a decisão de algumas autarquias onde não se festeja o Entrudo, de contrariarem a deliberação aprovada em concelho de ministros.
Deveríamos estar em sintonia e evitar que nesse dia, os portugueses trabalhassem ou não, em função da submissão ou rebeldia dos executivos municipais.
Haja mais tolerância em relação a quem está empenhado em que sejamos mais produtivos, para mais depressa podermos sair desta crise.
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