Eis a troika popular,
Que não vem inspecionar,
Nem fazer imposições.
Vem disposta a reinar,
E a poder alegrar,
Nossos tristes corações.
António, casamenteiro,
Não nos vem trazer dinheiro,
Mas boa disposição.
Nascido em Portugal,
Tem na nossa capital,
A mais nobre devoção.
A seguir, vem o João,
Por certo o mais folião,
Com tradições mais a norte.
Festejado em aldeinhas,
Tem sempre nas fontainhas,
A sua festa mais forte.
Pedro será mais discreto,
De todos o mais correto,
Não ser porteiro do Céu!
Não poderá nestes dias,
Meter-se em grandes folias,
Arriscando-se a ser réu.
António, Pedro e João,
São os homens de ação,
Que nos vêm defender.
Não querem grandes reformas,
Mas tudo dentro das normas,
Para tradição se manter.
Bastam grandes sardinhadas,
Em noites bem animadas,
Para esquecer a tristeza.
Marchas muito coloridas,
Com jovens bem divertidas,
Onde não falta a beleza.
Não faltam os manjericos,
E o cheiro dos petiscos,
E as lendárias farturas,
Que nos deixam consolados,
Com bailes bem animados,
Fazendo grandes loucuras.
Não há cortes, nem aumentos,
Mas sim felizes momentos,
Repletos de alegria,
Jamais falta a animação,
Com boa disposição,
Nestas noites de magia.
São os santos mais queridos,
Também os mais divertidos,
Que ocupam os altares,
A troika mais interessante,
E também mais importante,
Os santinhos populares.
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