No passado fim de semana, deu-se
o pontapé de saída de mais um campeonato nacional de futebol das equipas mais
representativas do nosso desporto rei. É o fervilhar de emoções, fruto da
incerteza dos resultados, em que nem sempre ganha o mais forte, o que faz deste
desporto o mais atrativo e competitivo, não só no nosso país, bem como na
maioria dos países do mundo.
Este fenómeno desportivo, cada
vez mais industrializado, que arrasta atrás de si exorbitantes quantias e
verdadeiras multidões, é sem dúvida uma das maiores paixões dos portugueses,
que adeptos fervorosos dos seus clubes, esperam ansiosamente pelos resultados
das suas equipas e respetivos adversários, numa luta semanal, na busca de
alcançarem o maior número de pontos.
Numa prova pouco competitiva,
dada a vertiginosa diferença de orçamentos e consequentemente de infraestruturas
desportivas, o nosso campeonato divide-se em 3 escalões: os dois eternos
candidatos ao título, um pequeno grupo que procura chegar à Europa e o grande
grosso do pelotão que luta pela permanência.
Invadido por jogadores das mais
variadas nacionalidades, face à incapacidade económica em segurar as nossas
melhores vedetas, o que nos obriga a transferências para os clubes mais
poderosos, procuramos assim tirar dividendos para suavizar os nossos elevados
défices.
Parece-me contudo, pouco se
apostar nos nossos jovens, muitos deles com provas dadas nos escalões
inferiores, por vezes aproveitados por equipas estrangeiras outras vezes,
desaparecendo simplesmente da alta-roda do futebol português.
Apesar de ter vindo a ser cada
vez mais desvirtualizado este desporto, com vencimentos que são verdadeiros
atentados à pobreza e particularmente à situação económica que se vive no nosso
país e em vários países europeus, o futebol português desfruta mesmo assim, de
duas grandes virtudes: ser um dos principais embaixadores de Portugal no mundo,
através da classe indiscutível de alguns dos seus técnicos e jogadores, bem
como se afirmar como uma das principais distrações e escapes dos seus
aficionados num cenário bastante sombrio em que somos diariamente invadidos nas
nossas casas, por notícias pouco animadoras, por vezes, mesmo carregadas de
algum dramatismo.
Por isso: Viva o futebol português!
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