10 dezembro 2013

O Natal da minha infância

Quando chegava o Natal,
Era eu bem pequenino,
Uma prenda especial,
Surgia no sapatinho.

Antes de amanhecer,
Lá ia pé ante pé,
Ver o que ia receber,
Bem juntinho à chaminé.

Pai Natal tinha chegado,
Após levantada a mesa,
Depois de me ter deitado,
Para chegar de surpresa.

 Bacalhau impunha a lei,
As filhós e as rabanadas,
Não faltando o bolo-rei,
Com suas frutas e favas.

A ceia mais imponente,
Que havia durante o ano,
Com a família presente,
Num convívio abençoado.

Com as coisas bem mudadas,
Tudo está muito diferente,
São famílias destroçadas,
Onde alguém está ausente.

Já em vias de reforma,
Pai Natal, já mal se vê,
Tudo é feito de outra forma,
Quase ninguém, já nele crê.

Era a festa da família,
Onde existia união,
Mas num mundo de quezília,
Perde-se a tradição.

Poucos ligam ao Divino,
Apenas ao material,
Se não fosse o Deus menino,

Não haveria Natal.

1 comentário:

maria-porto disse...




Ó meu Menino adorado,
quis fazer de mim um berço
decorado a ouro e prata
para te poder acolher…

Disseste-me docemente
sussurrando ao meu ouvido:
Não quero o meu berço assim,
mas como te vou dizer.

Constrói-o só em verdade,
reveste-o de simplicidade,
aquece-o na caridade
e que todos o possam ver,
porque é num berço assim
que Eu quero vir a nascer.

Respondi-Te com meiguice
esperançado na resposta:

Mas Tu sabes, meu Menino
que sozinho nada consigo.

Por isso Te peço, ó Pai
que envies o Teu Santo Espírito
e me faças em berço novo,
segundo a Sua vontade.

Que no alto desponte a Luz
para que todos possam ver,
o meu berço,
todos os berços,
em que Jesus vai nascer…