13 outubro 2013

Tabuaço e o futuro

Depois de quatro anos em que se procurou mostrar trabalho com a inauguração de obras de fachada, de construção duvidosa e que se deixaram encerradas outras concluídas pelo anterior executivo, surge uma nova era e uma nova esperança num concelho mais próspero e mais inclusivo.
A desertificação e o envelhecimento da população são consequências naturais do agravamento das condições de vida dos habitantes deste pequeno município, em que os mais jovens são obrigados a procurar outras paragens na busca de uma vida mais condigna.
Encravado numa encosta na margem esquerda do Douro, Tabuaço não é nada favorecido pela sua situação e pelas suas vias de comunicação, dado o declive em que se encontra. Porém, a sua integração na região demarcada do Douro e mais recentemente galardoado pela Unesco, com a honrosa distinção de património mundial da humanidade, dão-lhe um privilégio que não tem sido devidamente aproveitado e explorado.
Sem condições para a instalação de grandes indústrias que possam dar emprego aos seus habitantes, esta terra vive essencialmente da agricultura, onde predomina produção do vinho e do azeite, setor insuficiente para absorver toda a mão de obra existente.
 Com o Douro a seus pés, integrado numa região de paisagens únicas e onde se produz um dos melhores vinhos do mundo, Tabuaço dispõe de potencialidades turísticas que não têm sido aproveitadas e que poderão salvar um concelho cada vez mais desertificado e empobrecido.
Com características beirãs e durienses oferece-nos paisagens bem diferenciadas dado se localizar numa zona de transição entre as duas regiões.
Os seus recursos naturais, a sua gastronomia e a sua arte, expressa essencialmente nas suas igrejas e capelas e alguns solares brasonados, oferecem a quem a visita motivos de sobra para uma estadia ou um simples passeio extremamente agradáveis.
Há certamente muito a fazer para chamar até nós um mais elevado número de turistas. Será fundamental criar grandes eventos que divulguem o nome e as potencialidades deste concelho, desconhecido pela maioria dos portugueses, apenas divulgado em situações de infortúnio ou de acontecimentos que nada contribuem para a sua promoção.

Resta-nos a esperança de que o novo executivo tenha como uma das suas prioridades o turismo, único setor que poderá desenvolver e evitar a extinção futura deste município.

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