Depois de quatro anos em que se
procurou mostrar trabalho com a inauguração de obras de fachada, de construção
duvidosa e que se deixaram encerradas outras concluídas pelo anterior
executivo, surge uma nova era e uma nova esperança num concelho mais próspero e
mais inclusivo.
A desertificação e o
envelhecimento da população são consequências naturais do agravamento das
condições de vida dos habitantes deste pequeno município, em que os mais jovens
são obrigados a procurar outras paragens na busca de uma vida mais condigna.
Encravado numa encosta na margem
esquerda do Douro, Tabuaço não é nada favorecido pela sua situação e pelas suas
vias de comunicação, dado o declive em que se encontra. Porém, a sua integração
na região demarcada do Douro e mais recentemente galardoado pela Unesco, com a
honrosa distinção de património mundial da humanidade, dão-lhe um privilégio
que não tem sido devidamente aproveitado e explorado.
Sem condições para a instalação
de grandes indústrias que possam dar emprego aos seus habitantes, esta terra
vive essencialmente da agricultura, onde predomina produção do vinho e do
azeite, setor insuficiente para absorver toda a mão de obra existente.
Com o Douro a seus pés, integrado numa região
de paisagens únicas e onde se produz um dos melhores vinhos do mundo, Tabuaço
dispõe de potencialidades turísticas que não têm sido aproveitadas e que
poderão salvar um concelho cada vez mais desertificado e empobrecido.
Com características beirãs e durienses
oferece-nos paisagens bem diferenciadas dado se localizar numa zona de
transição entre as duas regiões.
Os seus recursos naturais, a sua gastronomia e a
sua arte, expressa essencialmente nas suas igrejas e capelas e alguns solares
brasonados, oferecem a quem a visita motivos de sobra para uma estadia ou um
simples passeio extremamente agradáveis.
Há certamente muito a fazer para
chamar até nós um mais elevado número de turistas. Será fundamental criar
grandes eventos que divulguem o nome e as potencialidades deste concelho,
desconhecido pela maioria dos portugueses, apenas divulgado em situações de
infortúnio ou de acontecimentos que nada contribuem para a sua promoção.
Resta-nos a esperança de que o
novo executivo tenha como uma das suas prioridades o turismo, único setor que
poderá desenvolver e evitar a extinção futura deste município.
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