No fim de mais
uma legislatura, aproxima-se novo ato eleitoral que irá decidir quem nos irá
governar nos próximos 4 anos.
A escolha não
será fácil para os portugueses que apesar do vasto leque de forças políticas a
concorrer e ainda poderem optar pelo voto nulo ou em branco, sabem que apenas
duas candidaturas poderão sair vencedoras do próximo sufrágio eleitoral, dada a
grande distância a que se encontram os restantes partidos. Aliás, tem sido
assim ao longo de mais de 40 anos de regime democrático. Talvez os eleitores
tenham razões de sobra para dar oportunidade a quem nunca teve
responsabilidades governativas, principalmente pelas inúmeras falhas cometidas
pelos partidos que alternadamente têm estado à frente dos destinos da Nação.
Porém, embora seja previsível um aumento de votantes nesses partidos, não é
nada provável que algum deles possa sair vencedor.
Deste modo, a
maioria dos votantes irá decidir entre o partido que nos levou quase à bancarrota,
que contribuiu para o agravamento da crise financeira que nos obrigou a pedir
ajuda externa, ou a coligação que nos aumentou drasticamente os impostos, que
nos fez cortes nos salários e nas pensões, que congelou as subidas nas
carreiras e que aumentou o fosso entre pobres e ricos, destruindo praticamente
a classe média.
Penso que os
portugueses estarão divididos, uns revoltados com os cortes e demais
sacrifícios e impostos, enquanto outros irão apesar de tudo, querer premiar
quem nos livrou da troika e não permitiu que nos tornássemos uma 2ª
Grécia.
Será, por tudo isto, muito pouco provável que
alguma das forças partidárias consiga uma maioria absoluta. Considerando que os
principais candidatos não estarão disponíveis em coligações com os partidos à
sua esquerda e que o senhor Presidente da República não dará posse a um governo
minoritário, parece-me inevitável que o futuro do país terá de passar por uma
coligação entre as duas maiores forças políticas, um novo bloco central.
O país
necessita de estabilidade e que os principais partidos se entendam nas reformas
necessárias e nos setores fundamentais que afetam o dia a dia dos portugueses.
Esperemos que
os partidos políticos e os futuros governantes saibam por em primeiro lugar os
interesses da Nação e se deixem de guerrilhas partidárias.
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