Dizem-nos que vivemos em democracia há mais de 40 anos. Que a revolução dos cravos nos livrou da ditadura que nos atrofiou por várias décadas, não havendo acesso para a maioria dos portugueses, às mais elementares necessidades do ser humano. A educação, a saúde e a justiça estavam barradas aos que tinham mais dificuldades económicas.
Hoje, em pleno século XXI, na era das tecnologias existem muitos cidadãos, que se encontram privados de direitos fundamentais.
As minorias continuam a ser esquecidas e muitas vezes desprezadas.
Não é compreensível e muito menos aceitável, que depois de 4 décadas em que somos com frequência, chamados às urnas para escolhermos quem queremos que nos governe, os deficientes visuais continuem sem o poder fazer de uma forma autónoma , sigilosa e segura. São frequentes os casos, em que estes cidadãos, votam em partidos que não correspondem à sua vontade.
Por outro lado, é inadmissível que o serviço público de televisão, para o qual todos contribuímos, não proceda nos seus blocos informativos à leitura das legendas, para aqueles que pelos mais variados motivos, não conseguem ter acesso a essa informação.
Os deficientes motores, continuam a ter dificuldades com a falta de acessos acessíveis a muitos serviços e à maioria dos transportes.
Muitos mais casos haveria para referir em que a dita democracia não funciona em que os portugueses não usufruem dos mesmos direitos.
Ainda há muito a fazer para nos podermos considerar um verdadeiro regime democrático.
Ninguém deveria votar, sem que não lhe fosse dada a plena liberdade de o fazer com total autonomia.
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