Realizou-se no passado dia 25 de
Maio, mais um ato eleitoral, desta vez para o Parlamento Europeu.
Não estando os portugueses bem
esclarecidos sobre a importância desta eleição, muito por culpa dos nossos
políticos que aproveitam o período da campanha para debater questões de âmbito nacional,
não era mesmo assim espectável uma abstenção tão elevada como a que se veio a
verificar. Com legislativas no horizonte e num ambiente de grande contestação à
política governamental, os partidos da oposição tudo fizeram no sentido de
fazerem destas eleições uma oportunidade para os eleitores apresentarem uma
moção de censura ao atual Governo. Porém, tal não veio a acontecer, tendo sido
mostrado um cartão amarelo à grande maioria das forças políticas, nomeadamente
ao principal partido da oposição, mesmo conquistando o maior número de votos
depositados nas urnas. Os dois terços de cidadãos que optaram por não votar,
demonstraram um verdadeiro descrédito na classe política, quer nos que nos
governam, quer nos que nos pretendem governar. Mesmo assim, estes continuam a
insistir em eleições antecipadas, como fosse essa a solução para a crise que
vivemos. Com resultados idênticos aos verificados, qual seria o futuro do País?
Como iria governar o partido socialista com uma escassa minoria? Com quem se
iriam aliar, Com o PCP com quem têm profundas diferenças ideológicas, ou com
partidos do Governo que tanto contestam?
Depois de todas as análises partidárias
pós eleições, penso que os resultados no seu conjunto dão para refletir, em
especial os valores totalmente absurdos da abstenção. Os partidos que podem
chegar ao poder em 2015 terão um grande trabalho a desempenhar, procurando
convencer dois terços dos eleitores de que têm soluções credíveis para melhorarem
a vida dos portugueses
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