Não há dia em que não ouçamos pronunciar esta palavra. Não é um fenómeno novo para os portugueses, já habituados a conviver com o apertar do cinto, com as guerrilhas partidárias, com eleições antecipadas, etc.
Desta vez, dada à má política do actual governo e à crise internacional, o país encontra-se numa situação extremamente crítica com um endividamento externo galopante, dado aos elevados e crescentes juros sobre a nossa dívida soberana.
A crise económica desponta numa crise política e consequentemente numa crise social. Porém, poucos falam na verdadeira crise que está na base das que acabei de enumerar; a crise de valores e competências.
A nossa classe política está praticamente falida e desacreditada. Os interesses partidários e pessoais são prioritários em relação aos problemas da nação. Os verdadeiros valores humanos deixaram de ser referência para a conduta da maioria dos cidadãos. O nosso complexo de superioridade é cada vez mais notório, continuando o país e os portugueses a viver acima das suas possibilidades. Os mais competentes e mais sensatos, demarcam-se da podridão e dos vícios das clientelas.
Perante este sombrio cenário, é impossível ser optimista e esperar melhoras de um doente à beira do estado de coma e que teima em recusar ajuda de especialistas internacionais. Não se vislumbra um remédio para tantos males, continuando os portugueses à espera de um milagre que nos permita pelo menos, um pouco de esperança e confiança no futuro.
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