Depois de várias negociações e acordos no sentido de evitar uma crise política que eventualmente poderia prejudicar o partido do governo e o principal partido da oposição, eis que tudo se alterou com a súbita apresentação do PEC 4, cozinhado e levado ao forno exclusivamente pelo nosso 1º ministro, sem que tenha ouvido quem lhe ajudou a temperar e adornar as anteriores ementas e sem dar cavaco ao Presidente da República.
Coelho, cansado dos temperos cada vez mais intensos usados por Sócrates, decidiu rejeitar a nova ementa, recusando-se voltar a cozinhar.
Abriu-se assim uma nova crise justificada pelo desentendimento entre os 2 principais partidos e a arrogância de um Primeiro-ministro que se esqueceu que já não governa em maioria.
Coelho estará convicto de que a maioria dos eleitores também estarão fartos dos pratos demasiado picantes que nos têm sido servidos pelo actual governo, daí ter achado oportuno tomar esta decisão.
Tudo leva a crer, que durante algum tempo, nos iremos ver privados da verdadeira cozinha portuguesa e teremos de recorrer a chefes internacionais. Não será fácil adaptarmo-nos aos seus cozinhados, pois também costumam usar condimentos bastante fortes.
Neste jogo político, em que nem sempre estão à frente os interesses nacionais, cada um procura justificar-se atribuindo as culpas ao seu adversário a fim de conseguirem obter o melhor resultado eleitoral.
Não pretendendo ignorar as outras candidaturas, que merecem o maior respeito, teremos de escolher entre um candidato inexperiente em termos governamentais e um candidato que não tem cumprido as suas promessas e nos conduziu ao abismo em que nos encontramos.
Nas urnas será feito o juízo final e os portugueses terão a governá-los aqueles em quem depositarem a sua confiança.
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