31 agosto 2007

Do religioso ao profano

Inseridos num país tradicionalmente católico, apesar da avassaladora onda de seitas que nos ultimos tempos têm penetrado na nossa sociedade, não admira que o nosso povo queira prestar homenagem à Virgem, nos seus mais variados apelidos e àqueles que mereceram a honra de estarem nos nossos altares.
Assim, de norte a sul, as nossas aldeias, vilas e cidades, são revestidas de um maior colorido e de grande animação, ao que não são alheios os nossos emigrantes, não só com a sua preciosa ajuda, mas também, normalmente, com a sua presença. São as "vacances" junto dos seus familiares e amigos!
Pena é, que estas festas, sejam normalmente apenas palco de diversão e montra de vaidades, esquecendo-se o espírito de humildade daqueles cujo nome serve de pretexto para profanar as referidas cermónias.
Vem a propósito recordar o que se passa com muitas das procissões das nossas aldeias, que mais parecem desfiles de puro folclore, em vez de manifestações de fé em honra de quem se devia venerar.
Não é menos frequente, vislumbrarmos chorudas notas no andor do padroeiro, colocadas de preferência aos olhares atentos dos populares.
Cristo, quis dar-nos o exemplo de humildade, nascendo numa simples mangedoura, em vez de procurar palácios sumptuosos. Não é através da posse de muitos bens materiais que alcançamos a verdadeira riqueza, mas sim pela forma simples e humilde como aceitamos o que possuímos.
Saibamos pois, distinguir a diversão da oração, o material do espiritual e a mensaem de Deus dos inimigos do Homem.

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