14 março 2008

Que país é este!


Tenho cada vez mais dúvidas sobre o país em que vivo. São frequentes os indicadores contraditórios sobre o estado da Nação, o nosso nível de vida, a nossa evolução ou mesmo as perspectivas em relação ao futuro.
É normal verificarem-se estas disparidades nos debates entre governo e oposição, sendo-nos transmitido por uns a ideia de vivermos num verdadeiro oásis, enquanto outros nos mostram um país em plena derrocada.
Tal como acontece com as sondagens efectuadas por ocasião das greves da função pública, também aqui não são credíveis qualquer uma das posições assumidas pelas entidades envolvidas.
Haverá sempre aspectos positivos e negativos por melhor que seja a actuação de um executivo. Há sempre muito por fazer e consequentemente para criticar.
Independentemente das posições partidárias, tenho imensa dificuldade em saber em que pelotão nos encontramos: ultrapassados constantemente por outros parceiros, ou se já fomos absorvidos pelo carro vassoura, sendo assim eliminados da competição. Penso que dificilmente teremos condições para competir com os outros participantes, dado não possuirmos uma equipa homogénea e equilibrada.
Se é verdade possuirmos alguns bons “trepadores”, por norma posicionados no topo das grandes empresas públicas e privadas, temos depois um elevado número de “roladores”, que nem sequer têm direito ao normal abastecimento, não tendo por isso forças para se aguentarem em prova. Por outro lado, também dispomos de alguns excelentes “sprinters” que conseguem boas posições nas etapas com chegada a S. Bento, Belém e Estrasburgo, mas ao mesmo tempo, muitos são empurrados para a berma, não dispondo sequer de carros de apoio para lhes prestarem os primeiros socorros. Há poucos anos, conseguimos um prestigioso prémio de montanha conquistado em Bruxelas, mas nem assim fomos capazes de sair dos últimos da geral.
É evidente que com tais disparidades, nunca conseguiremos ter um conjunto capaz de lutar pelos mesmos ideais.
Seria justo atribuir o prémio da combatividade à função pública, sacrificada nos últimos anos e grande responsável por não existir um maior atraso em relação aos outros competidores.
Penso faltar uma estratégia de forma a dar a todos possibilidades de poderem contribuir para o maior sucesso na prova.
Conseguimos com êxito, organizar e participar recentemente em Lisboa, no prólogo do que será a nova competição, agora com 27 equipas e com um novo figurino.Oxalá a nossa equipa seja mais ambiciosa, não se envaidecendo apenas com a organização de grandes eventos para os quais não dispomos de recursos, mas proporcione a todos melhores condições para que no futuro possamos ficar mais próximos do pelotão da frente.

08 março 2008

Dia Internacional da Mulher

Faz hoje um ano que escrevi neste blog um poema sobre a mulher. Procurei retratar nesse texto as duas faces algo misteriosas e contraditórias, deste ser maravilhoso que Deus colocou na nossa companhia. Seria impensável imaginar um mundo sem mulheres, não só pela impossibilidade de concepção, mas também pelo sorriso, pelo carinho e pela meiguice que normalmente sabem conceber, dando à vida outro colorido e outra beleza, que não seriam possíveis vislumbrar num mundo apenas de homens. Talvez por isso, ainda se justifique este dia internacional.
Há várias décadas, a mulher lutou pela sua emancipação, conseguindo afirmar-se nos mais diversos domínios. Hoje vemos o sexo feminino representado ao mais alto nível em todos os sectores da vida social e política. Porém, a mulher nunca poderá ser igual ao homem, pois além das diferenças na sua anatomia e fisionomia, existem inúmeras diferenças na maneira de estar, de agir e de sentir. Ambos os sexos têm as suas características próprias que definem o ser homem ou mulher, por isso é normal que tenham tendências e aptidões distintas.
Penso que actualmente, a mulher não tem razões para se sentir discriminada, bem pelo contrário, na medida em que nós homens nunca tivemos um dia internacional. Será um dia, mais para pôr à prova os verdadeiros homens, aqueles que se preocupam com a sensibilidade e ternura das mulheres e que neste dia as procuram homenagear ou apenas felicitar, o que para elas é motivo de orgulho e de grande satisfação. Para aquelas que o merecem e que sabem ser fiéis às causas que abraçaram vai a minha admiração e apreço, com especial destaque para aquela que me proporcionou o dom da vida.