18 agosto 2014

Que vida é esta?

Onde já vai o passado!
Futuro, virá ou não,
Neste presente apressado,
Que resta desta ilusão?

Não podemos reviver,
O que foi a nossa vida,
Nem podemos antever,
Quando chega a despedida.

Como poder responder,
A esta nossa existência,
Quando o destino é sofrer,
Com amor e com ausência.

Será mais sobreviver,
Na busca da felicidade,
Mas que só a vamos ter,
Atingindo a eternidade.

Jamais faria sentido,
Tudo acabar com a morte,
E aquele que é mais bandido,
Vir a ter a mesma sorte.

É uma mera passagem,
Que temos de percorrer,
Com destino à outra margem,
Até um dia morrer.

Vivo apenas nessa esperança,
Por em Deus acreditar,
Que nos ofereceu a bonança,

Ao morrer para nos salvar.

08 agosto 2014

Saudade - fruto do amor e da ausência

Que saudades do azul celeste
Do mar tempestuoso ou calmo,
Da verdura de que o campo se reveste,
Da paisagem suave ou mais agreste,
Num entoar do mais belo salmo.

Que saudades da natureza,
Do encanto das estações,
Cada uma com a sua beleza
Que nos transmitem riqueza,
Face às suas emoções.

Saudades de quando via
Podendo contemplar,
Sempre com grande alegria,
O que a visão permitia,
Eu poder observar.

Hoje, com outra visão
Consigo ver mais profundo,
Com os olhos do coração,
E com bastante emoção,
O que nos oferece este mundo.

Saudades de quem partiu,
Sem bilhete de regresso,
De uma vida que ruiu,
 De quem não  se despediu,
Ao deixar este universo.

De que mais terei saudades,
Já sem forças para amar,
Se uma das realidades,
É sentir necessidades,

De ter alguém para abraçar.