02 outubro 2014

Douro em festa

Em plena colheita dos dourados cachos que durante algumas semanas estiveram expostos neste magnífico anfiteatro que é a região do Douro vinhateiro, o movimento intensifica-se com as vindimas, não só através dos inúmeros transportes que os conduzem às adegas que procederão à sua transformação no precioso néctar que irá enriquecer e deliciar os apreciadores da boa gastronomia, mas também por todos que nos visitam para assistir ao mais belo e empolgante episódio desta novela que poderia ter por título “a vinha e o vinho”.
É um trabalho árduo ao longo de todo o ano, que se inicia pouco depois da sua colheita e do envasilhamento do adocicado sumo resultante do esmagamento das uvas, mas que termina em grande alegria por quantos participam ativamente, ou como simples figurantes, nesta encenação em que se destaca a natureza e o trabalho do homem.
Deste modo, a região duriense prepara-se para mudar em breve novamente de cenário com as suas longas folhas a ficarem matizadas dos mais variados tons, dando um colorido e um efeito indescritível e por todos apreciado.

É o Outono, o derradeiro ato que encerra esta magnífica peça que se desenrola num dos mais esplendorosos palcos deste pequeno país, com enormes potencialidades turísticas, nem sempre devidamente aproveitadas por aqueles que têm responsabilidades no desenvolvimento do país em geral e desta região em particular.

18 agosto 2014

Que vida é esta?

Onde já vai o passado!
Futuro, virá ou não,
Neste presente apressado,
Que resta desta ilusão?

Não podemos reviver,
O que foi a nossa vida,
Nem podemos antever,
Quando chega a despedida.

Como poder responder,
A esta nossa existência,
Quando o destino é sofrer,
Com amor e com ausência.

Será mais sobreviver,
Na busca da felicidade,
Mas que só a vamos ter,
Atingindo a eternidade.

Jamais faria sentido,
Tudo acabar com a morte,
E aquele que é mais bandido,
Vir a ter a mesma sorte.

É uma mera passagem,
Que temos de percorrer,
Com destino à outra margem,
Até um dia morrer.

Vivo apenas nessa esperança,
Por em Deus acreditar,
Que nos ofereceu a bonança,

Ao morrer para nos salvar.

08 agosto 2014

Saudade - fruto do amor e da ausência

Que saudades do azul celeste
Do mar tempestuoso ou calmo,
Da verdura de que o campo se reveste,
Da paisagem suave ou mais agreste,
Num entoar do mais belo salmo.

Que saudades da natureza,
Do encanto das estações,
Cada uma com a sua beleza
Que nos transmitem riqueza,
Face às suas emoções.

Saudades de quando via
Podendo contemplar,
Sempre com grande alegria,
O que a visão permitia,
Eu poder observar.

Hoje, com outra visão
Consigo ver mais profundo,
Com os olhos do coração,
E com bastante emoção,
O que nos oferece este mundo.

Saudades de quem partiu,
Sem bilhete de regresso,
De uma vida que ruiu,
 De quem não  se despediu,
Ao deixar este universo.

De que mais terei saudades,
Já sem forças para amar,
Se uma das realidades,
É sentir necessidades,

De ter alguém para abraçar.

11 julho 2014

Portugal aindo pode ir à final da Copa

Eliminada inesperadamente na fase de grupos, onde teve uma atuação bastante abaixo das suas possibilidades, a seleção portuguesa viu-se obrigada a regressar mais cedo a casa.
Este desagradável acontecimento, veio abrir as portas para uma possível e quanto a mim, bastante provável, presença do nosso país na final deste mundial.
Com algumas arbitragens de fraco nível, com a eliminação do Brasil e a não chamada de Pedro Proença para as meias finais, parece-me bem possível a sua nomeação para a final a realizar no Maracanã.
Seria um ótimo presente para o nosso país, para a nossa arbitragem e essencialmente para o próprio Pedro Proença a caminhar para o final da sua invejável carreira.
Seria notável que tal acontecesse e que no final do jogo nem Joseph Ratzinger nem Jorge Bergoglio, tivessem queixas a apontar.

Com o desafio  a disputar no dia 13, dia particularmente especial para os portugueses crentes, poderemos beneficiar da interseção da virgem de Fátima, já que não temos nenhum papa português.  

10 julho 2014

Copa com final “papal”

No términos de um campeonato do mundo de futebol onde tudo aconteceu, com elevado número de jogos equilibrados em que foi necessário recorrer ao prolongamento e até aos penaltis, tivemos também grandes goleadas com o afastamento prematuro de algumas seleções favoritas.
Salientou-se pelos resultados alcançados, a forte Alemanha a grande carrasca dos portugueses e mais ainda dos brasileiros.
Por outro lado a Argentina foi conseguindo ultrapassar os seus adversários com resultados tangenciais e em alguns casos, recorrendo às grandes penalidades.
Os mais crentes, vão certamente associar estes dois apuramentos, às intervenções papais de Bento XVI e Francisco.
Falta saber qual deles vai ser mais ouvido nas suas preces na disputa da final no próximo dia 13.
Francisco em pleno exercício de funções, estará possivelmente mais bem colocado para que o seu país de origem possa vingar as pesadas derrotas infligidas aos países lusófonos e dar um desgosto à chanceler Mercury.
Resta saber para quem o dia 13 vai ser dia de azar ou de sorte.   

05 julho 2014

Tradição dá vantagem a Seguro para Primeiro Ministro

Segundo a tradição verificada nas últimas décadas, a letra S tem sido a mais predominante nos políticos que têm estado à frente dos destinos da Nação.
Depois dos 48 anos de ditadura fascista, dominados por (S)alazar, tivemos (S)pínola, (S)á Carneiro, (S)oares, (S)ampaio, (S)antana, (S)ócrates, (S)ilva,e que me desculpem se a memória me atraiçoou e deixei alguém de fora.
Dando continuidade a este percurso aos ”ss”, Seguro a verificar-se a tradição, será o favorito para dar seguimento a este trajeto sinuoso a que já estamos habituados.
Falta saber se a sua condução será de facto segura e capaz de encontrar uma via mais rápida e com menos curvas de forma a recuperarmos o tempo perdido e conduzir-nos a bom porto. Para tal, o atual líder do PS terá de ultrapassar duas eliminatórias. Primeiro contra o seu colega de partido que o quer apunhalar pelas “costas” e depois contra a astúcia de Coelho e seus pares. Não será por isso fácil o secretário geral do maior partido da oposição, manter-se “seguro”, quer na liderança do PS, quer à frente do próximo governo.
Outra coincidência interessante, é a existência do mesmo S nas siglas dos partidos que têm tido responsabilidades governamentais. Senão vejamos: p(S), P(S)D e CD(S). Quando é incluída a letra D, dá-se uma viragem à direita, na ausência da mesma, o país guina imediatamente à esquerda.
Estamos assim, sem dúvida condenados a andar sempre aos SS.

27 junho 2014

Portugal sem "gana"!

Terminou com uma vitória a medíocre participação da seleção de todos nós neste mundial em que depositávamos as maiores esperanças. Foi uma vitória que soube a derrota, na medida em que não foi suficiente para conseguirmos o apuramento tão desejado para a fase seguinte.
Apesar de integrada no nosso grupo, faltou “gana” aos nossos jogadores, que dado à sua débil condição física, não tiveram pernas para se baterem com equipas bastante mais frescas e mais poderosas.
Se é verdade que a nossa seleção era composta com os nomes mais sonantes e que tão boa conta deram de si nas últimas competições internacionais, não é menos verdade que a maioria acusou o elevado número de jogos ao longo da época, enquanto outros demonstraram não estarem na sua melhor forma devido a terem sido pouco utilizados devido a lesões.
Teríamos certamente, obtido melhores resultados com nomes menos sonantes mas que estariam melhor fisicamente e que possivelmente iriam dar o seu melhor para conquistar um lugar de destaque na seleção nacional.
Foi humilhante a goleada sofrida contra a Alemanha, inaceitável o empate contra os Estados Unidos e demasiado magra a vitória tangencial contra Gana, quando necessitávamos de golos para nos classificarmos. Apesar de bastante combatível e bem organizada, esta seleção não se pode comparar com o 4º classificado da FIFA e que possui no seu plantel o melhor jogador do mundo.
Foi simplesmente vergonhosa a nossa participação neste mundial, em que praticamente jogávamos em casa, dado o apoio incondicional dos nossos irmãos brasileiros.      
“E depois do adeus” o que será da equipa das quinas para o próximo europeu a disputar em França em 2016?
Será necessária uma renovação, pois não podemos continuar a jogar com nomes sonantes do passado, mas que estão em pleno declínio da sua carreira. É necessário dar lugar aos mais novos e apostar nas suas capacidades. 

Quem são os simpatizantes de PS?

Constantemente os nossos políticos me surpreendem com afirmações e decisões que me parecem no mínimo infantis, demonstrando em alguns casos, o desconhecimento total da realidade do país e noutros uma pura ingenuidade em relação à democracia que conquistamos há 40 anos.
Instalada uma profunda crise política no maior partido da oposição, face à guerra pelo poder e a um maior protagonismo a nível nacional, os socialistas estão divididos entre os dois candidatos ao mesmo poleiro. Seguro eleito secretário geral, sem oposição no último congresso, e Costa espreitando mais altos voos na esperança de ser promovido a Primeiro Ministro de Portugal.
 Se é discutível todo este processo de um filiado no partido se poder apresentar em qualquer altura, a ser alternativa à liderança do PS, já me parece absurdo que para a eleição desse candidato, possam votar os seus simpatizantes.
Quem são os simpatizantes do PS? Todos os não filiados em qualquer força partidária poderão votar, se assim o entenderem, para o novo secretário geral do partido da rosa. Este processo no mínimo, rocambolesco, poderá falsear o resultado eleitoral, na medida em que permite que elementos próximos do Governo, ou de outros partidos, poderão dar o seu voto ao candidato que mais convenha às suas forças partidárias.
Não estou a ver o meu clube, a aceitar o voto dos simpatizantes para eleger o seu Presidente, pois este, seria esmagado pelos simpatizantes dos rivais da capital, caso houvesse opositor ao grande magnata e atual presidente, Pinto da Costa. Jamais o F.C. Porto, teria um ato eleitoral tão concorrido.
Se fosse militante do Partido Socialista, sentir-me-ia defraudado ao ver votar para meu secretário geral, elementos que sempre vestiram outra camisola.
Como podemos confiar em dirigentes partidários que agem assim em prejuízo do seu partido?
Ficamos sensibilizados com a democracia que reina no seio do PS, mas não se esqueçam que no próximo dia 28 de Setembro apenas se vai escolher o futuro timoneiro dos socialistas. 

24 junho 2014

Seleção Portuguesa, igual a si própria

Que se dececionem os mais ingénuos e menos atentos ao que tem sido o percurso da equipa de todos nós, nos últimos anos.
Como sempre, criaram-se grandes expectativas em relação ao comportamento da seleção das quinas neste mundial, não só por se realizar num país irmão, onde se fala a mesma língua, mas essencialmente por possuirmos no nosso plantel, o melhor jogador do mundo da atualidade.
Se é verdade que eram 2 trunfos importantes que até poderiam condicionar os resultados, a verdade é que o jogo não nos correu de feição e não dispúnhamos de muitos “tentos” nas “cartas” escolhidas pelo nosso selecionador. Sei que é fácil criticar ou apontar defeitos quando se perde, e estaríamos a elogiar o treinador caso tivéssemos conseguido 2 vitórias. Paulo Bento quis apostar na continuidade e no grupo com quem já trabalhava desde o último europeu, posição mais que compreensível, dado se tratarem de jogadores com mais experiência e mais rotina. Porém, esqueceu-se de que a maioria deles atravessavam maus momentos quer de ordem física quer de ordem técnica. Alguns com uma enorme sobrecarga de jogos, outros pouco utilizados nas suas equipas devido a lesões. Quem viu em campo, João Moutinho, Raúl Meireles e o próprio Cristiano Ronaldo? Onde esteve aquele meio campo a que estávamos habituados e que é o verdadeiro motor de qualquer equipa? Porque ficou de fora dos convocados Ricardo Quaresma, num excelente momento de forma, capaz de resolver um jogo com os seus raios de magia? As inúmeras lesões, são a prova de que muitos jogadores não se apresentavam bem fisicamente.
É certo que não fomos felizes, nomeadamente com o primeiro adversário, sem dúvida um dos potenciais favoritos à vitória final, mas não deixa de ser escandaloso o resultado com a Alemanha, para quem ocupa o 4º lugar no ranking da FIFA.
Com um golo madrugador contra os Estados Unidos, tudo fazia crer que iríamos corrigir a má imagem deixada no primeiro desafio, porém, tal não viria a acontecer, valendo-nos Silvestre Varela para podermos ainda recorrer à calculadora. Tem sido assim nos últimos apuramentos para as fases finais e mais uma vez, não quisemos fugir à regra.
Resta no próximo dia 26, dia do derradeiro jogo da nossa seleção na fase de apuramento e dia do padroeiro da minha aldeia, S. Pelágio, a sua intervenção, para que Portugal possa permanecer por mais algum tempo, por terras de Vera Cruz.

Costa quer anular apólice de "Seguro"

António Costa, figura destacada do Partido Socialista e Presidente da maior autarquia do país, chegou à conclusão nas últimas eleições para o Parlamento europeu, de que o “Seguro” feito anteriormente pelo seu partido, não oferecia garantias para eventuais danos a verificarem-se nas próximas legislativas. Deste modo, está disposto a anular a respetiva apólice e a apresentar simulação de um contrato mais abrangente, que possa oferecer mais garantias ao maior partido da oposição.
Contudo, parecem estar divididos os seus dirigentes na metodologia a seguir, quando estamos a pouco mais de 1 ano das legislativas.   
Coelho, com “Portas” escancaradas para governar, pode agora dar “Passos” mais “seguros”, dada a instabilidade no seio do PS e a uma oposição cada vez mais tímida, dada a divisão no partido da rosa, face à apunhadela pelas “Costa(s)” a António José Seguro.
Recentemente o conselho jurisdicional, pronunciou-se contra a realização de novo congresso e a eleições diretas dado violarem os estatutos e as normas internas do partido.  
O Governo deve estar farto de dar pancadinhas nas “costas” do presidente da Câmara de Lisboa, pela situação interna que provocou no seu partido, fazendo votos para que esta crise se prolongue por muito tempo.
Os socialistas que ainda há pouco exigiam legislativas antecipadas, reclamam agora por eleições no seu partido, demonstrando maior instabilidade do que a coligação governamental.

Vejamos o desenvolvimento dos próximos capítulos desta nova novela que se poderia intitular “os espinhos da rosa”  

14 junho 2014

Santos populares

Pedro, António e João,
A troika mais popular,
Que nos dá animação,
E sem juros nos cobrar.

Não impõe austeridade,
Nem cortes nos vencimentos,
Mas dão-nos felicidade,
Em agradáveis momentos.

Um deles o casamenteiro,
A norte o mais folião,
Ao outro chamam porteiro,
Formam trio de eleição.

Sempre muito esperados,
De norte a sul do país,
São muito bem festejados,
Fazem o povo feliz.

Não falta a sardinha assada
E as marchas coloridas,
Onde será premiada,
Uma das mais divertidas.

Aqui reina o S. João,
De todos o mais tripeiro,
Que nos dá animação,
Até chegar o “porteiro”.

Não deixaremos fugir,
Esta troika de eleição,
Que vem para divertir,

Sem nos trazer contenção.

03 junho 2014

Mais um "mundial"!

Depois de apurada por uma unha negra, como aliás já nos habituou, a seleção das quinas está de novo em mais uma fase final de um campeonato do mundo.
Seria frustrante não estarmos presentes na mais importante prova da FIFA, desta vez a realizar num país irmão, onde se fala a nossa língua e onde existe uma enorme colónia de portugueses. Não será assim, por falta de apoio que Portugal não poderá ir longe nesta competição.
Para além deste importante fator, que poderá funcionar com 12º jogador, dispomos do melhor cartão de visita desta “copa” que é possuir no nosso plantel, o melhor jogador do mundo da atualidade, que a qualquer momento pode desequilibrar um resultado a nosso favor, dada a sua técnica e magia.
 Conhecemos também a instabilidade da nossa seleção, capaz do ótimo e do péssimo como já demonstrou no passado, porém, esperamos que a motivação dos nossos jogadores esteja em alta, nomeadamente no primeiro jogo sem dúvida o mais importante e mais difícil em teoria. Costumamos fazer melhores resultados com as grandes equipas e seria muito bom entrarmos com o pé direito frente a uma das mais fortes seleções.

Resta-nos termos confiança nos nossos rapazes, esperando que possam dar o melhor e caso não consigam trazer o “caneco” para Portugal, possam dignificar o nosso futebol e o nosso país.    

27 maio 2014

Seguro cada vez mais inseguro!

António José Seguro, eleito secretário-geral do partido socialista, nunca foi um líder consensual no eleitorado do maior partido da oposição, apesar de não ter tido adversários no último congresso.
Não sendo fácil a sua missão, dado ter sido o seu antecessor quem recorreu à ajuda externa no sentido de evitar a bancarrota, assinando assim o memorando imposto pela Troika, teria de se afirmar como alternativa ao atual Governo, exímio executante do mesmo memorando. Deste modo, não era grande a margem de manobra para criticar de uma forma construtiva a política de austeridade imposta pelo governo da coligação PSD-CDS.
Nunca conseguiu afirmar-se como verdadeira alternativa ao executivo em funções, sendo a mais recente prova disso, a escassa vantagem conseguida pelo seu partido nas recentes eleições para o Parlamento Europeu. Porém, após conhecidos os resultados, Seguro congratulou-se com a “expressiva” vitória pedindo ao Presidente da República que tirasse as devidas ilações dos resultados eleitorais.
      Não foram necessárias muitas horas para que alguns quadrantes do PS tirassem essas mesmas ilações discordando do seu líder e reconhecessem que se tratava de uma vitória demasiado magra, havendo necessidade de repensar a política a seguir pelo partido, no sentido de recuperarem eleitorado para as próximas legislativas.
Deste modo, Seguro que pretenderia a queda do atual executivo e de eleições antecipadas, irá provavelmente ser o alvo a abater face à pronta disponibilidade de António Costa para assumir a liderança do maior partido da oposição.

O atual Presidente da Câmara de Lisboa há muito esperava por um fracasso do seu líder, para se posicionar como futuro primeiro ministro de Portugal.

26 maio 2014

Abstenção, a grande vencedora!

Realizou-se no passado dia 25 de Maio, mais um ato eleitoral, desta vez para o Parlamento Europeu.
Não estando os portugueses bem esclarecidos sobre a importância desta eleição, muito por culpa dos nossos políticos que aproveitam o período da campanha para debater questões de âmbito nacional, não era mesmo assim espectável uma abstenção tão elevada como a que se veio a verificar. Com legislativas no horizonte e num ambiente de grande contestação à política governamental, os partidos da oposição tudo fizeram no sentido de fazerem destas eleições uma oportunidade para os eleitores apresentarem uma moção de censura ao atual Governo. Porém, tal não veio a acontecer, tendo sido mostrado um cartão amarelo à grande maioria das forças políticas, nomeadamente ao principal partido da oposição, mesmo conquistando o maior número de votos depositados nas urnas. Os dois terços de cidadãos que optaram por não votar, demonstraram um verdadeiro descrédito na classe política, quer nos que nos governam, quer nos que nos pretendem governar. Mesmo assim, estes continuam a insistir em eleições antecipadas, como fosse essa a solução para a crise que vivemos. Com resultados idênticos aos verificados, qual seria o futuro do País? Como iria governar o partido socialista com uma escassa minoria? Com quem se iriam aliar, Com o PCP com quem têm profundas diferenças ideológicas, ou com partidos do Governo que tanto contestam?

Depois de todas as análises partidárias pós eleições, penso que os resultados no seu conjunto dão para refletir, em especial os valores totalmente absurdos da abstenção. Os partidos que podem chegar ao poder em 2015 terão um grande trabalho a desempenhar, procurando convencer dois terços dos eleitores de que têm soluções credíveis para melhorarem a vida dos portugueses

17 maio 2014

Eleiçoes Europeias

Vai realizar-se no próximo dia 25 do corrente mês, mais um ato eleitoral para o Parlamento Europeu.
Antecedidas das legislativas a realizar em 2015, e efetuadas num ambiente de grande contestação ao atual executivo, as próximas eleições irão funcionar essencialmente como teste às várias forças políticas, num verdadeiro referendo ao Governo em funções.
Alheios e desconhecedores da importância da política europeia, e desiludidos com os nossos políticos, os portugueses irão certamente dar uma maioria absoluta à abstenção, com um natural reforço da oposição.
Assim, a eleição dos nossos euro-deputados, será profundamente condicionada pelas medidas de austeridade impostas nos últimos anos, o que irá inevitavelmente penalizar a coligação de direita.
Em plena campanha eleitoral, verificamos a preocupação de denegrir ainda mais a já fusca imagem do executivo, desvalorizando alguns indicadores económicos positivos reconhecidos por algumas instâncias internacionais, tentando que o eleitorado mostre mais um cartão amarelo ao Governo.

Serão assim, desvirtualizadas as Europeias na medida em que não existe a preocupação de esclarecer os portugueses em relação à Europa, mas sim de tentar mais uma vez a queda da coligação governamental. 

15 maio 2014

Amor

Amor é um misto de prazer e dor,
É um contraste de encanto e desencanto,
É uma satisfação por vezes sem fulgor,
Que nos envolve em alegria ou grande pranto.

É uma meta difícil de atingir,
Com um destino vago e muito incerto,
Que nos poderá conduzir,
Ao paraíso e ao deserto.

Pode morrer ao nascer,
Por falta de condições,
E vir a fazer sofrer,
Um, ou mesmo os dois corações.

É difícil rejeitá-lo
Quando atinge o coração,
Porque ninguém quer magoá-lo,

Não vá um dia dizer-nos, não. 

09 maio 2014

Jovens de hoje, os homens de amanhã

Sendo a educação um dos principais pilares de uma sociedade, compete aos pais o início de uma formação que prepare a criança e/ou o jovem, essencialmente para as dificuldades que a vida nos oferece. Este projeto, não poderá ser apenas da responsabilidade dos seus progenitores, mas também da escola e de toda a comunidade em que os mesmos estão inseridos.
Se é verdade que vivemos uma profunda crise de valores com grandes transformações na família tradicional e numa sociedade mais materialista e individualista, onde o homem é aliciado pelo dinheiro e pelo poder, não podemos baixar os braços e deixar os nossos jovens resvalar pelos perigos de uma civilização que nos oferece as duas faces.
Atrás do progresso científico e tecnológico, que nos permitem viver numa aldeia global, onde temos tudo ao alcance de um simples clique, somos também arrastados pela enxurrada de perigos que a mesma globalização nos transmite.
Por isso, não nos devemos poupar a esforços, no sentido de os alertar para uma maior responsabilidade dos seus deveres e preveni-los das dificuldades que vão encontrar na idade adulta. Deles depende o futuro da Nação e das próximas gerações.
A melhor educação, é o exemplo e não as palavras, muitas vezes em total contradição com as atitudes.
Todos temos responsabilidades na educação dos nossos jovens, embora pertença aos pais a principal missão, na medida em que foram quem lhes deu o dom da vida e quem os acompanhou de perto nos primeiros anos da sua existência.
É sem dúvida preocupante a falta de emprego para aqueles que pretendem iniciar a sua vida profissional após vários anos de formação nas nossas universidades e mais ainda quando têm de abandonar o nosso país para conseguirem sobreviver e realizarem-se nas atividades que escolheram. Deste modo o país fica mais pobre e mais envelhecido, na medida em que está a exportar gratuitamente recursos humanos em que investiu e que lhe vão fazer falta no amanhã.

Será por isso necessário que os nossos governantes olhem para eles como uma mais valia, criando condições para que não necessitem de abandonar as suas terras e possam contribuir com a sua imaginação e energia, para um Portugal mais moderno e mais inclusivo.     

01 maio 2014

Quem não tem mãe, não tem nada!

Construí o meu castelo
Escavado numa rocha,
Que também serviu de tocha,
E que fez dele o mais belo.

Sempre bem iluminado
Por uma luz muito intensa,
Numa felicidade imensa,
Por muitos apreciado.

Resultado da erosão,
Essa rocha foi cedendo,
Vindo assim estremecendo,
A minha grande mansão.

Sua luz foi fraquejando,
Até mesmo se apagar,
E o castelo arruinar,
Tudo se transformando.

Procurei reconstruir
A mais bela fortaleza,
Mas com a firme certeza,
Que não ia conseguir

Faltava o mais importante,
Aquela pedra angular,
Que iria suportar,
Uma vida extenuante.

Faltava o amor de mãe,
Mais fiel e verdadeiro,
Que existe no mundo inteiro,
Para aquele que ainda a tem.

Fiquei assim amputado,
Da maior felicidade,
que me envolveu em saudade,
 Ficando mais desprezado.

Entre os amores o mais nobre,
E também o mais sagrado,
Pronto a ser imolado,
Pelo mais rico ou mais pobre.

Jamais terei a riqueza,
De ter uma mãe presente,
Que afaste da minha mente,
Esta enorme tristeza.

Se às vezes te fiz sofrer,
Quero pedir-te perdão,
Vives no meu coração,

Até um dia morrer.

28 abril 2014

Que Portugal teremos no século XXII?

Não pretendendo ser demasiado pessimista, vejo com alguma preocupação o futuro do nosso país nos mais variados domínios.
No aspeto demográfico temos vindo a assistir não só a um decréscimo de população como também à emigração maciça de jovens qualificados e a uma acentuada baixa da taxa de natalidade, o que nos coloca no topo dos países mais envelhecidos da Europa. Esta realidade com tendência a ser agravada nos próximos tempos irá ter graves reflexos numa economia, já por si demasiado fragilizada, onde assistimos anualmente a um fosso cada vez maior entre pobres e ricos, agravando assim as desigualdades sociais.
Em matéria de educação, sem dúvida um dos principais pilares de uma sociedade, temos vindo a assistir a uma crescente irresponsabilidade dos pais, a um aumento da violência e casos problemáticos nas escolas, face à falta de autoridade das mesmas, nomeadamente dos professores e pessoal auxiliar.
A classe política, totalmente desacreditada, põe em causa o regime democrático, a justiça e a própria saúde dos portugueses, mais distantes dos serviços sociais e dos cuidados médicos.
As medidas incrementadas pelos anteriores executivos, levam a uma progressiva desertificação do interior habitado quase exclusivamente por idosos, cada vez mais abandonados e desprezados.
As alterações climáticas e o aumento do nível das águas dos oceanos, vão  afetar inevitavelmente os mais de 800 Km de costa encurtando a já reduzida área do território nacional.
Face a tudo isto, que país e habitantes nos restam para ocupar este retângulo de terra queimada, isto para não falarmos da maior probabilidade de sermos atingidos por catástrofes naturais, tais como terramotos furacões e outras intempéries.
 Que medidas tomaram os nossos governantes nos últimos 40 anos, para combater este estado de coisas?
Temos assistido simplesmente a uma guerrilha pelo poder em que são postos em primeiro lugar os interesses pessoais e partidários em desfavor dos interesses da Nação, comprometendo seriamente o futuro das próximas gerações.
Depois dos nossos antepassados terem conquistado um verdadeiro império, assistimos agora ao desfalecimento do nosso território que tanto custou conquistar aos mouros e mais tarde, reconquistar aos nossos vizinhos espanhóis.
Quem sabe, se não teria sido preferível não haver a revolução de 1640, e talvez hoje a Península Ibérica pudesse ser uma grande potência europeia!...

14 abril 2014

Um pequeno desabafo

Que vida é esta,
Que ainda me resta,
Para viver neste mundo!
Mais uns anos a penar,
Até depois descansar,
Num lindo sono profundo.

Uma vida sem sentido,
Num dia a dia sofrido,
No meio da solidão.
Um nevoeiro constante,
Sem nada de apaixonante,
Que me encha o coração.

Sem família e sem amigos,
Que me desviem dos perigos,
E me façam companhia,
Levarei a minha cruz,
Sem uma réstia de luz,
Quer de noite, quer de dia.

Resta apenas a esperança,
De alcançar a bonança,
Ao chegar à eternidade.
Será tudo bem diferente,
Pois terei sempre presente,

A plena felicidade.

09 abril 2014

Um cravo a murchar

A celebrarmos em breve 4 décadas da denominada “revolução dos cravos”, em que nasceu a esperança de vivermos em democracia, afastando assim a ditadura fascista que tantas vidas nos ceifou na guerra colonial e a tantos maus tratos sacrificou aqueles que discordavam do regime, sentimo-nos severamente frustrados e desiludidos pela forma como foi feito este   trajeto e a situação calamitosa a que nos conduziu.
Vários governos se sucederam, nenhum isento de culpas e com as oposições empenhadas em destruir na luta permanente pelo poder.
 Esbanjaram-se apoios e subsídios para modernizar a nossa agricultura e a nossa indústria.
Desperdiçaram-se recursos e apostou-se em projetos megalómanos, alguns que felizmente não passaram do papel, mas que se traduziram num prejuízo de centenas de milhões de euros.
A Nação passou a viver acima das suas possibilidades, desde o cidadão comum até ao próprio Estado.
Aderimos à moeda única, o que nos deixou dependente financeiramente do BCE impedidos assim de recorrer à desvalorização da nossa moeda.
Aumentou-se o fosso entre pobres e ricos, enquanto se foi destruindo a classe média.
Os políticos aumentaram o seu descrédito face ao aumento da corrupção e às promessas não cumpridas pelos seus líderes, refletindo-se no aumento da abstenção, sem dúvida a grande vencedora dos últimos atos eleitorais.
Vivemos assim, uma democracia imatura apesar dos seus quarenta anos de existência, bem como uma situação económica financeira de que não há memória.
Face a tudo isto, que festejar no seu aniversário quando os portugueses já nem sequer têm folgo para soprar às velas e nem sequer vai haver bolo para repartir uma migalha por cada um?
Não sendo saudosista, nem adepto do anterior regime, penso pouco ou nada existir relativamente ao espírito de abril, pelo que talvez seja de refletir sobre a permanência do feriado do próximo dia 25.

Resta um ramo de cravos murchos que traduzem o sentimento atual de um povo que deu novos mundos ao mundo, que venceu Aljubarrota e que implantou a democracia, mas que não soube cuidar dela.         

18 março 2014

Saudoso Pai!

Apesar de decorridas mais de 4 décadas do teu inesperado e súbito desaparecimento, recordo-te com saudade, grato pelos sólidos alicerces que me deixaste. Não te sendo possível terminar a obra que idealizaste e para a qual te preparaste antecipadamente, sendo um verdadeiro pedagogo, deixaste um forte edifício em que apenas tive necessidade de reforçar a cobertura, dadas as fortes intempéries que surgiram ao longo da minha vida.
Hoje orgulho-me do meu passado e do meu presente, graças aos grandes valores humanos que mantenho inalteráveis, mesmo apesar das violentas tempestades ocorridas na nossa sociedade.
Devo-te assim, o meu caráter e personalidade, aliás, muito semelhante ao que foi o teu passado. Eras sensível perante os mais débeis e necessitados e um lutador contra as injustiças. De personalidade forte, antes quebrar que torcer, foste sempre fiel às tuas convicções e valores.
Abandonaste-me involuntariamente, quando era adolescente e mais precisava de ti. Tudo teria sido diferente se permanecesses junto de mim quando precisei de construir o meu futuro. Porém, ficou a semente que viria a germinar e a dar flor e frutos.
Agradeço-te, neste dia a ti dedicado, quanto te devo pelo que sou e pelas batalhas que certamente me ajudaste a vencer.
Obrigado meu Pai!...                   

08 março 2014

Mulher

Que beleza, que paisagem,
As Portas do paraíso,
Por vezes mera miragem,
Apesar do seu sorriso.

Sol do carinho e ternura,
Apaixona corações,
Com a sua formosura,
 Lua de várias paixões.

Instável no seu pensar,
Também na forma de agir,
Tanto está a soluçar,
Como desata a sorrir.

Tem um dote relevante,
Que lhe dá felicidade,
Desde que tenha um amante,
Goza da maternidade.

Sensível nas emoções,
Complexa no seu trato,
Sem ter livro de instruções,
Tudo será mais ingrato.

Instável, mas sensual,
É a melhor companhia,
Para o homem, o ideal,
Quando existe harmonia.

A todas o meu carinho,
A uma, em especial,
Caso siga o meu caminho,
Juntos no mesmo ideal.

04 março 2014

Governo patrocina Carnaval na Função Pública

Mais uma vez, o Governo decidiu não dar tolerância de ponto no dia de Carnaval, talvez porque vivemos esse dia durante todo o ano. No entanto, tem vindo a patrocinar o dia de entrudo no que diz respeito aos servidores do Estado.
Depois da autêntica palhaçada com a obrigatoriedade das 40 Horas semanais, postas em prática apenas por alguns, surge mais uma vez o escândalo do poder local se sobrepor ao poder central, desautorizando a decisão do governo. Assim, apenas 13 autarquias decidiram abrir as portas aos seus munícipes, não dando tolerância aos seus funcionários.
Por outro lado, outros serviços, quer públicos quer privados decidiram também dar descanso ao seu pessoal, tais como CTT, CGD e restantes instituições bancárias, entre outros.
Desta forma, assistimos mais uma vez ao país dividido ao meio, com alguns funcionários a trabalhar e outros a gozar um dia de descanso ou de folia.
Confesso que não sei quem manda neste país, e quando tanto se fala de equidade, sejamos confrontados com estas diferenças de tratamento.
Passos Coelho e a sua equipa perderam uma boa oportunidade de dar um rebuçado aos portugueses, cada vez com mais asia permitindo que o fizessem os presidentes da maioria das autarquias, ao mesmo tempo que lhes deu a possibilidade de o desautorizarem. Assim, o país ficou praticamente parado com apenas alguns enteados a terem de comparecer no local de trabalho, na maioria dos casos, para darem mais despesa ao erário público.
Se o poder local tem autonomia para tomar estas decisões, seria bom que também o tivesse em relação aos encerramentos dos tribunais e demais repartições do Estado.
Caminhamos a passos largos para uma anarquia em que todos mandam e ninguém manda.
Assim vai uma “democracia “que apesar de já ter atingido há muito a maior idade, continua a ter comportamentos verdadeiramente infantis.         

23 fevereiro 2014

Os preciosismos ridículos do futebol português

Se o futebol não tivesse mais nenhuma virtude, bastaria a sua pontualidade para o colocar no topo de todos os espetáculos levados ao público. Antes das transmissões televisivas, todos os jogos da jornada se realizavam ao domingo à tarde, imperiosamente à mesma hora. Hoje a realidade é bem diferente, com jogos com os mais variados horários e por vários dias da semana. Contudo, à hora marcada, lá estão os protagonistas para dar início ao desafio.
Vem a propósito a recente polémica na taça da liga, em virtude de um dos jogos ter começado com cerca de 3 minutos de atraso. Nada teria acontecido caso uma das equipas em questão, não tivesse virado o resultado a seu favor nos últimos minutos com uma grande penalidade, que segundo a crítica, nem sequer foi polémica. Se a pontualidade é uma virtude, estes preciosismos são simplesmente ridículos. É verdade que os desafios podem e devem começar à mesma hora, já não é possível fazer com que terminem simultaneamente, pois um deles poderá ter necessidade de um maior período de descontos e alguma das equipas poder alterar o resultado nesses minutos além dos noventa.
Hoje, com todas as tecnologias ao nosso alcance, seria possível o árbitro do outro jogo, retardar um pouco o seu início e até os jogadores do Sporting fazerem algum antijogo de forma ao encontro com o Penafiel terminar ligeiramente mais tarde. Porém, ninguém pôs em causa o ligeiro atraso no início do Porto Marítimo, nem o Sporting provocou paragens no jogo que obrigassem o árbitro a prolongar um pouco mais o desafio.
Deste modo são totalmente descabidos os protestos da equipa de Alvalade e mais ainda a decisão da liga ao anular a vitória dos dragões e o seu afastamento das meias finais da respetiva competição.
Na época passada, os portistas conquistaram o título com um golo 2 minutos após os noventa regulamentares que ninguém contestou pois os jogos só terminam após o apito final.
Felizmente, o conselho de justiça da federação, teve bom senso ao retificar a decisão, no mínimo absurda do órgão da liga evitando vitórias na secretaria e o arrastar de casos injustificáveis no nosso futebol.

08 janeiro 2014

Rei Eusébio

Novo ano começou,
O país ficou mais pobre,
Pois um símbolo muito nobre,
Nestes dias nos deixou.

Foi o nosso embaixador,
Que levou longe a nação,
Saudosa recordação,
Como grande jogador.

Ninguém se vai esquecer,
Dos momentos de glória,
Que ficarão na memória,
Dos que o viram vencer.

De talento desmedido,
Um exemplo de humildade,
Mesmo na eternidade,
Nunca será esquecido.

Foi entre os reis, o maior,
Foi o nosso “Baltazar”,
Bem superior ao “Gaspar”,
E até ao “Melchior”.

Quis a sina do destino,
Em vésperas de réis, morrer,
Depois de nos oferecer,
Um glorioso hino.

Teve a homenagem merecida,
Dos mais diversos quadrantes,
Das figuras mais sonantes,
À gente desconhecida.

Deixas em todos saudade,
Pelo exemplo de vida,
Nesta tua despedida,

Rumo à eternidade.