29 janeiro 2009

"Crise" para quem?

“Crise", passou a ser a palavra dominante do nosso dia-a-dia. A comunicação social não fala de outra coisa, mas os portugueses já estão habituados a lidar com ela ao longo da sua vida, pois já se arrasta desde o berço da nossa nacionalidade.
Com pouco mais de meio século de existência, nunca ouvi dizer que as coisas estão boas, ou pelo menos no bom caminho. Todos os anos são pedidos sacrifícios a alguns portugueses, no sentido de de nos podermos aproximar dos nossos parceiros europeus. Porém, como esses sacrifícios apenas são exigidos aos mais fracos e desfavorecidos, cada vez é maior o fosso que nos separa da Europa, bem como entre ricos e pobres.
Quando começarão a ser penalizadas as grandes riquezas, os chorudos ordenados e as abastadas reformas?
Quando passarão os nossos governantes a dar o exemplo, do apertar do cinto.
Quando passarão os ricos a pagar a crise?
Vivemos essencialmente uma verdadeira crise de valores e de liderança. Vivemos uma crise de justiça social e de solidariedade. Vivemos uma crise de governação e oposição, que aumentam as assimetrias, pondo em causa a verdadeira democracia dado o abuso de poder que as maiorias lhe conferem.
Não será possível sair da crise se cada um olhar apenas pelos seus interesses e não dermos as mãos lutando pelo bem da comunidade, principalmente pelos mais carenciados.

21 janeiro 2009

Todos diferentes todos (des)iguais

Criado segundo a Bíblia, à imagem e semelhança de Deus, o homem tem vindo, nos últimos tempos a acentuar a diferença entre si e o seu semelhante.
A ânsia do poder e a ambição, por vezes ganância, por tudo que é material têm subjugado os grandes valores humanos, dando lugar a uma sociedade de classes onde cada vez são mais visíveis as desigualdades.
Todos os dias assistimos a discriminações: as minorias raramente são respeitadas; os mais fracos são constantemente humilhados e desprezados; os que lutam por um verdadeiro ideal dificilmente são compreendidos e aceites como tal; logo ao nascer, o ser humano é discriminado em função das características e valores hereditários, bem como do estatuto sócio-económico dos seus progenitores.
Vivemos permanentemente em competição com os mais fortes e mais poderosos à procura de conquistar um lugar no pódio, cometendo os mais variados atropelos, distanciando-se assim, cada vez mais, daqueles a que não foram dados os mesmos talentos e as mesmas oportunidades.
Nesta sociedade materialista, e cada vez mais individualista, o homem refugia-se no seu castelo de cristal, alicerçado no egoísmo e na falta de solidariedade, esquecendo-se que a seu lado vive alguém que necessita de uma palavra amiga, de um gesto de carinho, ou até mesmo de uma ajuda material.
Seria utópico sonhar com uma sociedade sem classes onde todos fossem iguais. Terá de haver sempre ricos e pobres, patrões e empregados, doentes e escorreitos, mas não devemos aceitar que o homem se distinga e se promova pela cor dos seus olhos, ou pela gravata que usa, mas sim pelo seu carácter, pela sua personalidade e essencialmente pelo seu querer.
Ao contrário do que muitos possam pensar, seria perfeitamente possível alterar este estado de coisas se o homem quisesse. Esta tarefa depende exclusivamente de cada um de nós. Para tal, bastaria que olhássemos um pouco mais para o nosso semelhante, colocando à disposição dos mais desvavorecidos o melhor que tivermos para dar. Com este simples gesto saído do nosso coração, seria possível transformar o mundo num verdadeiro oásis onde todos se sentiriam felizes.

09 janeiro 2009

Ano Novo - vida nova

Terminada mais uma prova deste circuito sinuoso, composto por 365 curvas, distribuídas por 12 classificativas, iniciamos nova prova que se prevê bastante difícil, dado o denso nevoeiro e o piso escorregadio que se alastra ao longo do percurso.
Embora prevenidos para possíveis intempéries, todos os cuidados serão poucos para evitar alguns despistes.
Desta vez, teremos 3 neutralizações ao longo do percurso que serão as eleições que nos esperam, que poderão condicionar a aproximação à meta.
Sejamos positivos e confiemos na capacidade de improviso e na perícia dos portugueses, para contornarmos as dificuldades que certamente nos vão surgir.
Quero neste breve apontamento, pedir a todos as maiores cautelas e desejar-vos uma prova o mais agradável possível, sem percalços, de forma a que todos possam chegar à meta com um saldo verdadeiramente positivo.
FELIZ 2009