É indiscutível que, face a inúmeros erros de anteriores
governos, o país dispõe atualmente de um número exagerado de funcionários
públicos. Com a nação a viver uma das maiores crises económicas e financeiras,
será inevitável reduzir e racionar o contingente dos servidores do Estado.
O avanço da tecnologia, a baixa de natalidade, bem como o
encerramento de alguns serviços, teria obrigatoriamente de se traduzir numa
redução de efetivos.
Mas será apenas nas escolas que existe pessoal em excesso?
Não estarão as autarquias bem como outros serviços de outros ministérios em
situações mais flagrantes e com trabalhadores muito mais bem pagos do que
aqueles que pouco mais recebem do que o salário mínimo?
Não teremos também deputados, vereadores, chefes de gabinete
e outras chefias a mais, onde a redução dos mesmos se traduziria numa poupança
muito maior, com efeitos bem mais significativos no orçamento geral do estado?
Não estará o governo a cortar as unhas demasiado rentes,
colocando em causa a qualidade do ensino público, com o aumento de alunos por
turma e menos meios humanos para vigilância dos nossos filhos?
Quer queiramos ou
não, os mais pequenos continuam a ser os primeiros a ser sacrificados.
Ficaremos a aguardar que esta política de contenção não
fique por aqui sendo também abrangente à classe política e às nossas
autarquias, onde continuam a prevalecer o clientelismo e a sedução ao voto.
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