08 agosto 2014

Saudade - fruto do amor e da ausência

Que saudades do azul celeste
Do mar tempestuoso ou calmo,
Da verdura de que o campo se reveste,
Da paisagem suave ou mais agreste,
Num entoar do mais belo salmo.

Que saudades da natureza,
Do encanto das estações,
Cada uma com a sua beleza
Que nos transmitem riqueza,
Face às suas emoções.

Saudades de quando via
Podendo contemplar,
Sempre com grande alegria,
O que a visão permitia,
Eu poder observar.

Hoje, com outra visão
Consigo ver mais profundo,
Com os olhos do coração,
E com bastante emoção,
O que nos oferece este mundo.

Saudades de quem partiu,
Sem bilhete de regresso,
De uma vida que ruiu,
 De quem não  se despediu,
Ao deixar este universo.

De que mais terei saudades,
Já sem forças para amar,
Se uma das realidades,
É sentir necessidades,

De ter alguém para abraçar.

1 comentário:

Maria disse...

As coisas vulgares que há na vida, não deixam saudade..só as lembranças que doem ou fazem sorrir...