Entre o real e o virtual vai uma grande diferença, mas não uma grande distância.
Hoje, com os avanços tecnológicos
podemos ter amizades com pessoas a viver em países longínquos, bem superiores
da que temos com os nossos colegas de trabalho.
Vivemos numa aldeia global, onde
por vezes é mais fácil conhecer os que vivem do outro lado do mundo, do que
aqueles que habitam no nosso prédio.
Muitos dos melhores
relacionamentos que fiz até hoje, foram através do virtual. Aí, estamos mais à
vontade para nos expormos e nos darmos a conhecer interiormente. Embora já se
possa visualizar quem está do outro lado, penso que a importância que damos à
parte física, é bem menor do que na realidade. Concentramo-nos essencialmente
em conhecer o caráter e a personalidade da pessoa em causa.
Claro que temos de estar atentos
se com quem comunicamos é sincero, ou mostra ser o que gostaria de ser em vez
do que é. Com algumas horas de conversação conseguimos normalmente esse
objetivo. Se existem riscos, também acontecem na realidade. Muitas vezes as
aparências iludem.
A grande vantagem do relacionamento real, é no meu
entender, poder haver contacto físico, o que pode nem sequer ser vantagem
principalmente no início do relacionamento.
Assistimos nos nossos dias a uma
grande crise nas relações humanas, na medida em que poucos dão importância aos
grandes valores humanos. Poucos olham aos meios para atingir os fins, além de
haver pessoas que mudam com facilidade de personalidade e de caráter.
Por tudo isto, ambos os relacionamentos são cada vez
mais duvidosos e inseguros, sejam reais ou virtuais.
1 comentário:
Concordo plenamente, Ze Luis
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