30 abril 2008

25 de Abril

Em Abril o sol raiou,
Sobre um denso nevoeiro,
Viu-se o país por inteiro,
Foi quando tudo mudou.

Terminou a tempestade,
Vimos cravos a florir
E um povo a sorrir,
Num gesto de felicidade.

Nasceu de novo a esperança,
De vivermos numa terra
Onde não houvesse guerra,
Em que reinasse a bonança.

O povo saiu à rua
Para viver o momento,
Mostrando o contentamento
P'la liberdade ser sua.

Era mesmo a primavera
Que pairava na Nação,
Prometendo um grande verão,
Que antigamente, não era.

Vivemos lindos momentos,
Cantamos belas canções,
Muito boas emoções,
Grandes acontecimentos.

Mas o Outono viria
Ameaçando o Inverno,
O que parecia eterno,
Já nunca mais o seria.

Vêm chuvas, trovoadas,
Fortes rajadas de vento
Devolvendo ao pensamento,
As tempestades passadas.

Foram sonhos coloridos,
Com cravos bem perfumados,
Que depois de abandonados,
Nos deixaram deprimidos.

Vamos todos dar as mãos
E procurar conquistar
A vontade de lutar,
P'la grandeza da Nação.

Que Abril não seja um mito,
Mas um marco na história,
Que nos fique na memória.
Deixo aqui um forte grito!

1 comentário:

Anónimo disse...

O 25 de Abril jamais será um mito, enquanto ouvir o grito das gentes e das crianças.
Além mar, cravos não vi.
Foram substituídos por sangue derramado sem descriminação de idade, sexo, religião ou etnia.
Oh! Terra de palmeiras e de relâmpagos rasgando largos horizontes, que de menina me fizeste mulher e mãe e que de nome mudaste...
Oh! Povo maravilhoso, juntos lutámos pelo mesmo ideal mas que nos atraiçoaste e foste atraiçoado.
Para que o 25 de Abril nunca seja um mito, aqui junto também o meu grito.
Palmira