04 maio 2008

Mãe

Esta palavra singela
Que aprendi de tenra idade,
É de todas a mais bela,
A que dá mais felicidade.

Pequena no seu formato,
Fácil de pronunciar,
Mas de sentido mais lato,
P’ra quem souber meditar.

Foste luz, foste farol
Que iluminou o meu ser,
Da mesma forma que o sol
Existe para aquecer.

Foste o carinho, a ternura,
Deste-me sempre calor,
Sou feliz pela doçura
Que brota do teu amor.

Quero aqui manifestar
Toda a minha gratidão,
Pelo que soubeste dar
Do fundo do coração.

1 comentário:

Anónimo disse...

MÃE
O nosso último adeus foi no Aeroporto da Portela.
Tu numa cadeira de rodas, com um olhar que jamais esquecerei, eu com um sorriso...
Era o nosso último adeus, eu sabia-o muito bem e tu também mãe.
Quizeste ir para a África do Sul. Será que pensaste numa possível cura? ou na despedida dos outros 2 filhos que viviam noutro Continente?
Valeu a pena todo esse esforço e sofrimento.
Valeu a pena tentar mais uns dias de vida.
Valeu a pena despedires-te dos outros filhos, mas não valeu a pena tanto sofrimento. Logo tu que sofreste toda a vida, calada e sempre com um sorriso.
Lembraste Mãe quando, os canhões e as metralhadoras entoavam junto da minha casa. Tu sorrias, aliás nunca chorámos, protegendo as netas e sossegando-me para proteger o bébé que estava no meu ventre.
Para ti mãe, até a morte valeu a pena. Acabou o sofrimento.
Mas Deus compensou-te, chamou-te a dormir.
A sonhar partiste e continuas a olhar por nós...
Adeus MÃE até um dia...