12 abril 2011

Carta aberta ao Engº Sócrates

Como candidato ao próximo acto eleitoral, não podia deixar de lhe dirigir algumas palavras.
Algumas serão de desmotivação, outras de encorajamento consoante os defeitos e qualidades que lhe reconheço.
Apesar das más opções que tem tomado e da consequente condução desastrosa à frente da Nação, admiro a sua coragem de mesmo assim ainda ter forças para se sujeitar a novo sufrágio. É sobejamente reconhecida a sua habilidade em mentir aos portugueses com discursos e entrevistas aparentemente convincentes, mas que normalmente não se aplicam na realidade. Será que os eleitores ainda não se aperceberam disso? Diz o nosso povo: na primeira, quem quer cai; na segunda, cai quem quer e na terceira só cai quem é burro.
Tem acusado a oposição, em particular o PSD por terem provocado esta crise política ao não deixarem passar o PEC4. Não terá sido o Sr. Eng. a provocar essa situação, na medida em que não deu cavaco a ninguém, inclusive ao Sr. Presidente da República, do seu conteúdo?
Apesar de todas as desvantagens que implica uma ajuda externa, não compreendo a sua teimosia em só agora recorrer ao que era inevitável e possivelmente com consequências mais gravosas para o futuro. O seu ministro das finanças dizia há alguns meses que teríamos de recorrer ao FMI caso os juros da dívida soberana ultrapassassem os 7%. A verdade é que estamos quase a atingir os 10% e foi preciso os nossos bancos colocarem-lhe a pistola a trás da orelha para tomar essa decisão.
Tenho bastante dificuldade em saber quando está a falar verdade aos portugueses, mesmo apesar do seu ar de grande seriedade.
Esperemos que o povo português saiba escolher os melhores, ou talvez os menos maus, para que o país possa sair da crise em que se encontra e os nossos filhos não tenham o futuro hipotecado.

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