01 maio 2014

Quem não tem mãe, não tem nada!

Construí o meu castelo
Escavado numa rocha,
Que também serviu de tocha,
E que fez dele o mais belo.

Sempre bem iluminado
Por uma luz muito intensa,
Numa felicidade imensa,
Por muitos apreciado.

Resultado da erosão,
Essa rocha foi cedendo,
Vindo assim estremecendo,
A minha grande mansão.

Sua luz foi fraquejando,
Até mesmo se apagar,
E o castelo arruinar,
Tudo se transformando.

Procurei reconstruir
A mais bela fortaleza,
Mas com a firme certeza,
Que não ia conseguir

Faltava o mais importante,
Aquela pedra angular,
Que iria suportar,
Uma vida extenuante.

Faltava o amor de mãe,
Mais fiel e verdadeiro,
Que existe no mundo inteiro,
Para aquele que ainda a tem.

Fiquei assim amputado,
Da maior felicidade,
que me envolveu em saudade,
 Ficando mais desprezado.

Entre os amores o mais nobre,
E também o mais sagrado,
Pronto a ser imolado,
Pelo mais rico ou mais pobre.

Jamais terei a riqueza,
De ter uma mãe presente,
Que afaste da minha mente,
Esta enorme tristeza.

Se às vezes te fiz sofrer,
Quero pedir-te perdão,
Vives no meu coração,

Até um dia morrer.

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