27 maio 2014

Seguro cada vez mais inseguro!

António José Seguro, eleito secretário-geral do partido socialista, nunca foi um líder consensual no eleitorado do maior partido da oposição, apesar de não ter tido adversários no último congresso.
Não sendo fácil a sua missão, dado ter sido o seu antecessor quem recorreu à ajuda externa no sentido de evitar a bancarrota, assinando assim o memorando imposto pela Troika, teria de se afirmar como alternativa ao atual Governo, exímio executante do mesmo memorando. Deste modo, não era grande a margem de manobra para criticar de uma forma construtiva a política de austeridade imposta pelo governo da coligação PSD-CDS.
Nunca conseguiu afirmar-se como verdadeira alternativa ao executivo em funções, sendo a mais recente prova disso, a escassa vantagem conseguida pelo seu partido nas recentes eleições para o Parlamento Europeu. Porém, após conhecidos os resultados, Seguro congratulou-se com a “expressiva” vitória pedindo ao Presidente da República que tirasse as devidas ilações dos resultados eleitorais.
      Não foram necessárias muitas horas para que alguns quadrantes do PS tirassem essas mesmas ilações discordando do seu líder e reconhecessem que se tratava de uma vitória demasiado magra, havendo necessidade de repensar a política a seguir pelo partido, no sentido de recuperarem eleitorado para as próximas legislativas.
Deste modo, Seguro que pretenderia a queda do atual executivo e de eleições antecipadas, irá provavelmente ser o alvo a abater face à pronta disponibilidade de António Costa para assumir a liderança do maior partido da oposição.

O atual Presidente da Câmara de Lisboa há muito esperava por um fracasso do seu líder, para se posicionar como futuro primeiro ministro de Portugal.

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