04 outubro 2008

Douro - um diamante por lapidar

Neste pequeno "jardim à beira mar plantado", em que cada região nos apresenta a sua maravilhosa paisagem salpicada, ora pela verdura dos campos e da floresta, ora pela nudez e o escarpado das serras e montes, sobressai um pequeno oásis de características únicas do mundo e, que constitui um verdadeiro tesouro, longe de estar totalmente descoberto e explorado.
De Barqueiros a Barca d'Alva, o visitante é surpreendido com um magnífico anfiteatro feito de sucalcos pintados pelo homem e pela natureza, nas mais variadas tonalidades, mudando de cenário consoante as estações do ano.
Ao fundo, como centro de todas as atenções, e maravilhado com tudo o que o envolve à sua volta, o rio vai descontraídamente repousando ao longo do seu leito, sendo cumprimentado aqui e ali, pelos seus afluentes, vindo, depois de se espreguiçar junto à foz, a abraçar o Oceano Atlântico.
Esta representação ao vivo, cujos principais intérpretes são o rio e a natureza, atinge o seu ponto alto com a apresentação do 3º acto, em que o homem lhe transmite mais alegria e mais movimento, com a colheita dos dourados cachos que irão transformar-se no precioso néctar que todo o mundo aprecia, mas que só esta região é capaz de produzir.
Perante esta excelente encenação, que não necessita de mais adereços para nos proporcionar um vislumbrante espectáculo, não há dúvida de que o Douro tem todas as condições para ser das regiões mais nobres e mais visitadas do nosso país.
Todavia, a região duriense, não se limita a este magnífico postal ilustrado que é sem dúvida, a sua paisagem, mas possui variadíssimos motivos de interesse que vão da arte à gastronomia, das tradições aos costumes e da tranquilidade ao ar puro que se respira.
Tardam, contudo, a surgir as infra-estruturas necessárias para o seu desenvolvimento, permitindo a quantos o visitem as melhores condições, para um passeio verdadeiramente inesquecível.

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