04 outubro 2008

Prioridades ou preferências?

Resolvidos os principais problemas da nossa sociedade, tais como o desemprego, a crise económica, o apoio à 3ª idade e aos mais desfavorecidos, a Assembleia da República resolveu colocar na ordem do dia uma matéria, pelos vistos da maior importância para grande parte dos nossos deputados, o casamento de pessoas do mesmo sexo.
É do conhecimento geral a crise que se vive no seio da família, sendo cada vêz mais elevado o número de divórcios. Isto mostra um certo desencanto e provavelmente alguma incompatibilidade entre os casais. São conhecidas as causas principais dessa, cada vez mais difícil relação a dois, não me parecendo que a saturação pelo sexo oposto, possa ser uma delas.
Será que o casamento de gays poderá resolver os problemas que afectam a instituição família? Será que a aprovação deste projecto lei vai ajudar a aumentar a taxa da natalidade? Será que vai reduzir o elevado número de casos de violência doméstica? Será que uma previsível aprovação no futuro da lei da adopção de crianças, pelos mesmos, poderá dar a estas mais estabilidade e alegria de viver?
Quais as vantagens e a importância de legislar sobre esta matéria, quando temos uma população cada vez mais envelhecida, sem que haja uma política de apoio à 3ª idade; quando temos famílias profundamente afectadas pelo desemprego e pelo aumento constante das taxas de juro, sem que existam medidas sociais para atenuar as dificuldades das mesmas; quando temos cerca de 10% de deficientes que tardam a ver regulamentada a maior parte da legislação existente.
Não andarão os nossos deputados um pouco distraídos com a realidade que nos cerca? Ou estarão eles convencidos que com iniciativas destas irão credibilizar mais a classe política e as instituições que representam? Assim se compreende que dificilmente sairemos do profundo lamaçal e da cauda da Europa onde nos encontramos.

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