Constantemente os nossos
políticos me surpreendem com afirmações e decisões que me parecem no mínimo
infantis, demonstrando em alguns casos, o desconhecimento total da realidade do
país e noutros uma pura ingenuidade em relação à democracia que conquistamos há
40 anos.
Instalada uma profunda crise
política no maior partido da oposição, face à guerra pelo poder e a um maior
protagonismo a nível nacional, os socialistas estão divididos entre os dois
candidatos ao mesmo poleiro. Seguro eleito secretário geral, sem oposição no
último congresso, e Costa espreitando mais altos voos na esperança de ser
promovido a Primeiro Ministro de Portugal.
Se é discutível todo este processo de um
filiado no partido se poder apresentar em qualquer altura, a ser alternativa à
liderança do PS, já me parece absurdo que para a eleição desse candidato, possam
votar os seus simpatizantes.
Quem são os simpatizantes do PS?
Todos os não filiados em qualquer força partidária poderão votar, se assim o
entenderem, para o novo secretário geral do partido da rosa. Este processo no
mínimo, rocambolesco, poderá falsear o resultado eleitoral, na medida em que
permite que elementos próximos do Governo, ou de outros partidos, poderão dar o
seu voto ao candidato que mais convenha às suas forças partidárias.
Não estou a ver o meu clube, a
aceitar o voto dos simpatizantes para eleger o seu Presidente, pois este, seria
esmagado pelos simpatizantes dos rivais da capital, caso houvesse opositor ao
grande magnata e atual presidente, Pinto da Costa. Jamais o F.C. Porto, teria um
ato eleitoral tão concorrido.
Se fosse militante do Partido
Socialista, sentir-me-ia defraudado ao ver votar para meu secretário geral,
elementos que sempre vestiram outra camisola.
Como podemos confiar em
dirigentes partidários que agem assim em prejuízo do seu partido?
Ficamos sensibilizados com a democracia que reina no
seio do PS, mas não se esqueçam que no próximo dia 28 de Setembro apenas se vai
escolher o futuro timoneiro dos socialistas.
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