Que se dececionem os mais ingénuos
e menos atentos ao que tem sido o percurso da equipa de todos nós, nos últimos
anos.
Como sempre, criaram-se grandes
expectativas em relação ao comportamento da seleção das quinas neste mundial,
não só por se realizar num país irmão, onde se fala a mesma língua, mas
essencialmente por possuirmos no nosso plantel, o melhor jogador do mundo da
atualidade.
Se é verdade que eram 2 trunfos
importantes que até poderiam condicionar os resultados, a verdade é que o jogo
não nos correu de feição e não dispúnhamos de muitos “tentos” nas “cartas”
escolhidas pelo nosso selecionador. Sei que é fácil criticar ou apontar
defeitos quando se perde, e estaríamos a elogiar o treinador caso tivéssemos
conseguido 2 vitórias. Paulo Bento quis apostar na continuidade e no grupo com
quem já trabalhava desde o último europeu, posição mais que compreensível, dado
se tratarem de jogadores com mais experiência e mais rotina. Porém, esqueceu-se
de que a maioria deles atravessavam maus momentos quer de ordem física quer de
ordem técnica. Alguns com uma enorme sobrecarga de jogos, outros pouco
utilizados nas suas equipas devido a lesões. Quem viu em campo, João Moutinho,
Raúl Meireles e o próprio Cristiano Ronaldo? Onde esteve aquele meio campo a
que estávamos habituados e que é o verdadeiro motor de qualquer equipa? Porque
ficou de fora dos convocados Ricardo Quaresma, num excelente momento de forma,
capaz de resolver um jogo com os seus raios de magia? As inúmeras lesões, são a
prova de que muitos jogadores não se apresentavam bem fisicamente.
É certo que não fomos felizes,
nomeadamente com o primeiro adversário, sem dúvida um dos potenciais favoritos
à vitória final, mas não deixa de ser escandaloso o resultado com a Alemanha,
para quem ocupa o 4º lugar no ranking da FIFA.
Com um golo madrugador contra os
Estados Unidos, tudo fazia crer que iríamos corrigir a má imagem deixada no
primeiro desafio, porém, tal não viria a acontecer, valendo-nos Silvestre
Varela para podermos ainda recorrer à calculadora. Tem sido assim nos últimos
apuramentos para as fases finais e mais uma vez, não quisemos fugir à regra.
Resta no próximo dia 26, dia do derradeiro jogo da
nossa seleção na fase de apuramento e dia do padroeiro da minha aldeia, S. Pelágio,
a sua intervenção, para que Portugal possa permanecer por mais algum tempo, por
terras de Vera Cruz.
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