24 junho 2014

Seleção Portuguesa, igual a si própria

Que se dececionem os mais ingénuos e menos atentos ao que tem sido o percurso da equipa de todos nós, nos últimos anos.
Como sempre, criaram-se grandes expectativas em relação ao comportamento da seleção das quinas neste mundial, não só por se realizar num país irmão, onde se fala a mesma língua, mas essencialmente por possuirmos no nosso plantel, o melhor jogador do mundo da atualidade.
Se é verdade que eram 2 trunfos importantes que até poderiam condicionar os resultados, a verdade é que o jogo não nos correu de feição e não dispúnhamos de muitos “tentos” nas “cartas” escolhidas pelo nosso selecionador. Sei que é fácil criticar ou apontar defeitos quando se perde, e estaríamos a elogiar o treinador caso tivéssemos conseguido 2 vitórias. Paulo Bento quis apostar na continuidade e no grupo com quem já trabalhava desde o último europeu, posição mais que compreensível, dado se tratarem de jogadores com mais experiência e mais rotina. Porém, esqueceu-se de que a maioria deles atravessavam maus momentos quer de ordem física quer de ordem técnica. Alguns com uma enorme sobrecarga de jogos, outros pouco utilizados nas suas equipas devido a lesões. Quem viu em campo, João Moutinho, Raúl Meireles e o próprio Cristiano Ronaldo? Onde esteve aquele meio campo a que estávamos habituados e que é o verdadeiro motor de qualquer equipa? Porque ficou de fora dos convocados Ricardo Quaresma, num excelente momento de forma, capaz de resolver um jogo com os seus raios de magia? As inúmeras lesões, são a prova de que muitos jogadores não se apresentavam bem fisicamente.
É certo que não fomos felizes, nomeadamente com o primeiro adversário, sem dúvida um dos potenciais favoritos à vitória final, mas não deixa de ser escandaloso o resultado com a Alemanha, para quem ocupa o 4º lugar no ranking da FIFA.
Com um golo madrugador contra os Estados Unidos, tudo fazia crer que iríamos corrigir a má imagem deixada no primeiro desafio, porém, tal não viria a acontecer, valendo-nos Silvestre Varela para podermos ainda recorrer à calculadora. Tem sido assim nos últimos apuramentos para as fases finais e mais uma vez, não quisemos fugir à regra.
Resta no próximo dia 26, dia do derradeiro jogo da nossa seleção na fase de apuramento e dia do padroeiro da minha aldeia, S. Pelágio, a sua intervenção, para que Portugal possa permanecer por mais algum tempo, por terras de Vera Cruz.

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